O P A S T O R
Humilde,
simples, homem camponês
Guiado
pelo sol e pelos astros
Ele
leva seu gado para os pastos
Do
acúleo terreno montanhês
Desde
o romper da aurora ao por do sol
Atravessa
prados e serranias
Sem
ir ao povoado passa dias
Vivendo
em seu mundo, sem escol.
Coração
simples, alma ingênua a sua
Que
não maltrata, que não critica
Não
joga, nem sabe de política
Só
almeja o sol, e à noite a lua
Tem
de dia os mansos cordeirinhos
E
o gorjeio poético das aves
O
sussurro suave pelos ares
Do
vôo manso dos passarinhos
Tem
o verde dos prados, tem as flores
O
olor do alfazema e do alecrim
O
aroma do lírio e do jasmim
Matizando
os prados multicores.
12/08/64
(data da criação)
Armando
A. C. Garcia
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