Quis Deus
Inexoravelmente o tempo se esgota
Como a ampulheta que chega ao fim
A existência não foi tesouro para mim
Não foi também uma grande derrota
Boas lembranças rolam do coração
Guardo comigo o sol do primeiro amor
E se não fui mais feliz, o erro pior
Foi ter amado com tamanha paixão
Mas se acima da razão o amor podia
Me enganava na perdida confiança
Sem acreditar na súbita mudança
Que a jornada da vida me traria
O coração marcado de cicatrizes
Perde suas forças, sua esperança
Lhe restam as mágoas de lembrança
No turbilhão das horas infelizes
Contraste de mudanças, minha lembrança
Memória curta e de juízo isento
Quis Deus, tivesse ainda, em pensamento
O sentimento puro da esperança
Como sobreviver, se mal alcanço
A ordem desordenada do dever
Infame castigar a causa de perder
Desprezando isenção que não alcanço
São Paulo, 26/12/2003 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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