Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sábado, 18 de março de 2023

Qual nau perdida...

Qual nau perdida...

 

Cansado, já não atavio mais de trovas

Nem de carinhos ou arroubos meu amor !

Pareço esquecido, absorto em minha dor

Qual nau perdida sem bússola ou timor.

 

Mas em que pese a angústia e pranto

A quem amo com ternura e coração

Não posso transferir minha solidão

Nem mágoas, desgostos ou desencanto.

 

É de imenso afeto o meu amor ardente

E se às vezes choro... minha alma nua, 

É porque o silêncio sangra frente à tua 

Na ânsia de beijar-te, frente a frente. 

 

Perdoa-me se me sinto consumido

Contraste de mistério, morto vivo

Se acolhido em teus braços, redivivo,

No esplendor que irradias do cupido.

 

10/08/98 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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