Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sábado, 28 de abril de 2012

Eu quero que tu me pegues


Eu quero que tu me pegues


Eu quero que tu me pegues
Para puder-te abraçar
Estou esperando que me pegues
Para puder-te beijar

Eu quero que tu me pegues
Também, quero te pegar
Já cansei de esperar
Mas tu, não vens me pegar

Vou trocar de pegador
Já que não vens me pegar
Estou esperando teu amor
Mas tu, não vens me pegar

O que ocorre no pedaço
Que tu, não vens me pegar
Estou esperando teu abraço
Tu, o deixas esfriar

Não sei se tu és chegado
Numa canja de galinha
Diz a bíblia ser pecado
Do outro lado da linha

Se assim não for, te espero
Eu, quero que tu me pegues
És a coisa que mais quero
Pra beijar-te, muitas vezes

Eu quero que tu me pegues
Tua pegada é esperança
Espero que tu não negues
O glamour que o fogo alcança !


São Paulo, 28/04/2012
Armando A. C. Garcia


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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Meu Destino !...


Meu Destino !...




Vim cumprir o meu destino
Transpor pavores sem igual
Ser humilde peregrino
Passar privação abissal

E, no infinito desacerto
Viajou minha hesitação
Tu, nunca estavas por perto
Só, longe do meu coração !

Vivi, d’ávidas esperanças
Sempre suspenso no ar
Estava em ti a confiança
Tu, estavas em outro lugar

Assim, ao ver-me traído
Do deslumbrante projeto
Vi meu sonho destruído
E, senti-me um abjeto !

Se o destino é nosso fado
Ele nos dispõe, onde estamos
Nem sempre do nosso agrado
Ele nos coloca, e ficamos

O que passa, não volta mais
Pelo destino é previsto
São razões elementais
Como o calvário a Cristo !


São Paulo, 27/04/2012
Armando A. C. Garcia

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Condescender


Condescender

Condescendi, anui
À vontade do coração
Confesso que me perdi
Num tormento de paixão

Quando disso tomei consciência
E enfrentei a realidade
No horror à ocorrência
Despi a minha vaidade

E já nu, despudorado
Das fatuidades da vida
Senti nas brisas do fado
A insólita despedida

Fez-se presente a amargura
E a névoa de solidão
Impregnada de ternura
Embaçou meu coração

Nesta estrada sinuosa
Irei caminhar sozinho
Na minha sina penosa
Nos percalços do caminho

Embora pareça forte
Meu coração pequenino
Só por Deus e muita sorte
Aguentarei meu destino !

São Paulo, 27/04/2012
Armando A. C. Garcia 


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quinta-feira, 26 de abril de 2012

A Vingança !


     A Vingança !

Afasta de ti a vingança
O ódio e o rancor
Aquela, mata a esperança
Estes, a paz e o amor

A vingança é um reflexo
Do instinto predador
De quem nutre um complexo
De querer ser superior

É a *escrófula da alma
É a máxima do desamor
No indivíduo sem calma
Que só alimenta o pior

Ruína inerme, sem valor
Chaga, tenebrosa e triste
Golpe sujo, de **ablator
Estertor que ao mal resiste

É o ódio em movimento
O rancor em turbilhão
A vingança, é o excremento
Do amor e da razão

Vingança é o acre da vida
A incompreensão moral
Na penúria desvalida
Em nosso reino animal

Qual seta na escuridão.
É o ***rebramir selvagem
Da fúria do coração.

São Paulo, 26/04/2012
Armando A. C. Garcia

·          * Tuberculose
·         **Instrumento usado para castrar animais
·         ***Rugir; berrar; fazer grande estrondo

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terça-feira, 24 de abril de 2012

Anseio !


Anseio !

Anseio por liberdade
Por amar e ser amado
Numa ambição de igualdade,
Anseio estar a teu lado

Anseio paz e ternura
Felicidade sem fim
Anseio pela ventura
Que um dia, gostes de mim

Anseio no dia a dia
Vir a ser o paladino
Que fará tua alegria
Nos meandros do destino

Anseio beijar tua boca
Com sofreguidão e amor
E sem pedir nada em troca
Me dês paixão e calor

Anseio, que tanto anseio
No anseio desta vida
É ter você em meu meio
E chamar-te de querida

Anseio a paz do Senhor
Anseio o sol e a estrela
Mas meu anseio maior
É encontrar a cinderela

Em dia de sol, ou chuva
Seja inverno ou verão
O meu anseio não turva
Nem diminui a paixão

Anseio ver-te à janela
Janela do coração
Tu, és a coisa mais bela
És o anseio e a razão

Não tenho anseio secreto
Meu anseio é te amar
Nem que seja por decreto
Eu irei te conquistar

Eu anseio por justiça
Sem vendas no rosto seu
Não sou de fugir à liça
Só preservo o que é meu

Anseio acabar a miséria
E a indigência, também
Aqui é tão baixa a féria
Que não iguala ninguém

Na inclusão social
Seu anseio é inaceitável
Na justificativa moral,
Qual anseio abominável

No desabrochar da razão
A revitalização emocional
É o anseio da nação
Por vezes, promocional.

São Paulo, 24/04/2012 
Armando A. C. Garcia
 


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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Cepticismo


Cepticismo


Fecho os olhos, nada vejo
Porque não olho pra ti
Fecho os olhos, nada sinto
Porque não penso em ti

Meu pensamento divaga
Como formas carcomidas
Minha mente se apaga
A ameigar tantas feridas

Neste *ergástulo da vida
Onde vegeta meu ser,
Tu, como sombra escondida
Só me fazes padecer

Medram em mim sentimentos
De vingança e de dor
Que em certos momentos
Confundem-se com amor !

Meu arcabouço exausto
De tanta amargura sofrer
Mal teve um dia de fausto
Para alegrar seu viver

Neste mundo atrapalhado
Tento transpor agonias
Tenho sido apunhalado
No decorrer de meus dias

Minhas idéias, pólo a pólo
Transmitem o ideal
Nos elementos do solo
Deste reino universal !

Porangaba, 21/04/2012 
Armando A. C. Garcia 


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Frontispício


Frontispício


Atravessa o *frontispício
Um pensamento genial
Que um louco no hospício
É menos louco afinal

Que um bardo trovador
Quando a flecha de cupido
Derrama afeto e amor
No coração esculpido

Surge o amor, a amizade
A simpatia e ternura
A afeição de verdade
E carinho de fé pura

No delirante agasalho
Que envolve o coração
Nem o véu do manto falho
Lhe dá mais consolação

O bardo desterra a pena
E para de escrever
Agora, lembra-se apenas
Do amor duma mulher !

Porangaba, 21/04/2012 
Armando A. C. Garcia 
·         Fachada principal de um edifício; fig. rosto; cara

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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Morena !


Morena !

Bem feliz é nesta vida
Quem contempla o luar
Olha a rua distraída
Nem vê o tempo passar

E na rede a balouçar
Sonha à sombra do cedro
Em orbes de puro ar
Sem cheiro do alho*vedro                *antigo

Na aragem da primavera
Por leito, a rede estendida
Do teu sonho, ó quem me dera
Ter a rede dividida

Morena, flor delicada
De formosura e encanto
Na sesta, sob a ramada
Quem me dera ser teu manto

Pudesse eu à tardinha
Contigo flores colher
Morena, serias minha
Serias o meu amor !

São Paulo, 25/08/2009
Armando A. C. Garcia

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O Tempo na Vida

O Tempo na Vida

Quando o tempo em mim chegou
Sem licença se apossou
Dos dias de minha vida

Pouco a pouco, aqui ficou
Passou tempo, se hospedou
Sem nunca pedir guarida

Por prazer, ou ironia
Sua imensa ousadia
Eu, tive de suportar

Não sei qual foi o motivo
De passar pelo seu crivo
Sem consentimento ou razão

Eis que, ele foi ficando
E em mim se aninhando
Desgastou a minha vida

Atrevido e abusado
Sem pedido delicado
Mal chegou, se instalou

Não o pude mandar embora
E, o que eu faço agora
Desgastado, já no fim

Vou pedir que tome conta
Se a bagagem estiver pronta
Que não se esqueça de mim !

São Paulo, 20/04/2012
Armando A. C. Garcia


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