Verás ...

 Verás...

 

Verás que ao longo da tua caminhada

Não encontrarás rosas sem espinhos

As traições, falsidades e vinganças

Te espreitam e mal suspeitarás

 

Das mãos perjuras, que sobre ti lançam

Os semelhantes e infames laços

São obras do mal, que não descanam

Enquanto não tolherem os teus passos

 

Tu, armado só de consciência pura

Certo do bem que semeias na caminhada

Não distinguirás o mal dessa perjura

E sem Deus, poderás ser afetada

 

O vil egoísmo, império da discórdia

Que te procura, sem algum aviso

E arma a mão traidora da cizânia

Com um laço infame, e falso sorriso !

22/09/2020
Armando A. C. Garcia

Fecunda e carinhosa natureza

 

Fecunda e carinhosa natureza

 

Fecunda e carinhosa natureza

Mãe de uma imensurável riqueza,

Criadora de todos seres viventes

Dos embriões de todas as sementes,

 

Nos provéns de uma gama de produtos

Necessários à alimentação, dás frutos  

De todos paladares, gostos e sabores

Capazes de atender lacaios e senhores

 

Sem igual teus providenciais fins

De elevada grandeza nos confins

Em todo universo és o baluarte

Suprindo a fome em toda a parte

 

Provés fontes com água cristalina

Rios rasgando como serpentina,

De teu ventre dás vida, ao ser vivente

És fecunda, profusa e providente

 

Inesgotável, copiosa, d’ternura

De tuas entranhas dás à criatura

A vida e o alimento do teu seio

A todo ser vivente em teu meio !

 

20-09-2020

Armando A. C. Garcia

 

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É no coração humano

 

É no coração humano

 

É no coração humano

Que nascem as ilusões

O homem vira cigano

Neste mundo de paixões

 

É no coração humano

Que crescem as utopias

Daí surge o desengano

Num mundo de fantasias

 

É no coração humano

Que se sentem as emoções

Acrescendo de ano a ano

O amor e as afeições

 

É no coração humano

Onde cresce a esperança

Se o Ser não for leviano

Terá fé e confiança

 

É no coração humano

Que palpita o grande amor

Se o homem não for insano

Vê a mulher, qual flor !

 

É no coração humano

Que flui com abundância

A crença e a confiança

Da divina abstinência   

 

É o coração humano

Que gera o ódio e o amor

São dois extremos mundanos

Que vão do bem ao pior

 

É no coração humano

Que renasce a ternura

A dúvida que causa dano

E nos leva à sepultura !

 

17-09-2020

Armando A. C. Garcia

 

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