A
sociedade afogada no desespero
A
sociedade afogada no desespero
Da
frenética fúria fatal e criminosa
Maldade
que destrói a paz e a família
Não
sabe se dorme, ou se fica de vigília
Neste mundo de furor infernal, sem prosa
Onde
o menor mata, e o matador sai a zero !
Nossas
vidas, levar à mão de Deus, não receia
Mas
sua morte, sabemos que ele não deseja
Quando
o furor da ira arqueja; à Polícia
Exige
um colete, não quer virar notícia
E a
imprensa televisionada presente esteja
Pois
se assim não for, sua refém incendeia
A
ousadia no crime é tamanha e tanta
Que
estamos à mercê de suas vontades.
Não
tem outra força, com mais valia e raça,
Ao
crime organizado, ninguém põe mordaça
Com
desculpa aos policiais e todos meus confrades
A
impunidade é tanta, que nossa ira levanta
Questionar
direitos e obrigações políticas
Mãe
dos males, letais à nossa sociedade
Sem
brios, sem vigor, votam ao desfavor
Não
é esta a razão de minhas críticas
Mas
sim a consternação que a alma invade
Ao
saber que o crime, tem o Senado a seu favor
Sua obrigação moral e ética é nos defender
Para
tal foram eleitos e nós os sustentamos
Com
o suor de tantos impostos que pagamos
Ao
decorrer do dia, ao decorrer dos anos,
Não
podem voltar as costas a tantos desenganos.
O
fiasco da copa mostrará, a quem puder ver!
Não
há segurança em nosso país, e o mundo sabe.
E, sendo a vida, o maior bem do ser humano
Sem
garantia, ninguém quererá se arriscar
Não
será com as mãos no vácuo que irá acabar,
A fúria
infernal, a impunidade, o desengano.
- Só
a alteração das leis, fará que isso acabe.
Qualquer,
que nas manchetes, seus olhos ponha
Riscos
supérfluos, não quererá correr
E
certamente da copa se ausentará,
Em
seu país, na calma aos jogos assistirá
Sem
ter o perigo iminente de morrer.
Zelar
pela vida, é ter honra e não vergonha !
Terra
fecunda, é da nossa natureza
Cheia
de brilho e de esplendor provida
Sem
igual, sem par, os efeitos previdentes
Dando
vida à fauna e à flora existentes.
Só
carecemos, de governos que dêem guarida
À
paz, e à tranqüilidade, sem vileza !
O
crime em espiral de imensidade tamanha
Cresce
a cada dia em nossa linda nação,
Combatido
de forma breve, imperfeita
Escondendo
as acúleas garras desta feita,
Não
impondo a justiça a devida sanção
Campeia
a impunidade, sem dominar a sanha !
Porangaba,
22 de fevereiro de 2014
Armando A. C. Garcia
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