Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Não tive tempo de te amar


Não tive tempo de te amar


Eu vejo que não tive tempo,
Não tive tempo, de te amar
Agora, passo meu tempo,
Do tanto que tenho, a chorar !

Sobra-me tempo agora
Do tempo que eu não tinha,
Que eu faço com ele agora,
Se agora tu, não és minha !

Os dias eram pequenos
Quando tempo, eu não tinha
Agora eles são um veneno
Quando chega a tardinha

Na lentidão se arrastam
Segundos, minutos, horas
As pingas já não me bastam
Pra saudade ir embora ...

O tempo que era curto
Agora, encompridou
Igual repentino surto
Minha alma aniquilou

E como passar o tempo
Na marasma lentidão
Até parece contratempo
Ou falha na abstração !

São Paulo, 18/06/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia 

Agradeço sua visita ao meu Blog:



segunda-feira, 15 de junho de 2015

Secou a água na fonte

Resultado de imagem para fotos antigas de miranda do douro FONTE DOS CANOS
Secou a água na fonte


Secou a água na fonte
Evaporou na cachoeira
Não corre debaixo da ponte,
Está sem botões a roseira.

Secou a erva do monte,
Está sem frutos a figueira,
Sem nuvens no horizonte.
Não tem água na torneira.

São Paulo, que brincadeira,   
Está sem água nos açudes
Desapareceu da torneira
Virou sertão; tu te mudes  

A São Paulo da garoa,
Virou seca do sertão,
Tribulação não perdoa
E nem sente compaixão

Na saúde e educação
Falta verba, isto é comédia,
Segurança sem proteção,
Está tudo abaixo da média.

À locomotiva do Brasil
Faltou água na caldeira
Sem chuva, no mês de abril
Não pode queimar madeira

E sem brasa na fornalha
O trem não sai do carril,
Sem água, em escumalha,
São Paulo, pára o Brasil !

Esta metrópole agitada                
A mais rica do país,                     
É como quem não tem nada,               
Sem água no chafariz.
                  
São Paulo, 15/06/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

Agradeço sua visita ao meu blog:


domingo, 14 de junho de 2015

Desalento/Depressão

Resultado de imagem para FOTOS DE DEPRESSÃO LIBERADAS
Desalento/Depressão


Num vôo alucinado
Quase toquei nas estrelas,
Meu cérebro estava cansado
Fez-me ver coisas... sem vê-las !

Tangenciando a loucura
Nesse tal procedimento,
Preciso, ter compostura
Nesse louco pensamento.

Essa tal de depressão
Depreca comportamentos,
É tão grande a confusão,
Que atinge os pensamentos.

A faculdade cognitiva
Do intelecto humano
Parece absorvida
Por esse sonho insano

Os tímidos pensamentos,
Renova-os por otimistas
Senão cais no abatimento
Régulo* dos pessimistas

Nesse estado de espírito
Levanta tua moral
Permite que o perispírito,
Te torne mais racional.

Essas voltas e revoltas
Que dás à noite na cama,
Deixa sem peias, às soltas
- Os motivos de teu drama.

Estranho comportamento,
Síndrome de insegurança,
Que atinge o sentimento
E invalida a esperança !

Evita transtornos à mente,
Afastando os negativos
Pensamentos, que a gente
Cultiva no digressivo.

Seja você novamente
Longe das conjecturas,
Fique alegre e contente
Afaste-se das amarguras

Não dei-a ouvidos em vão
A estranhas suposições
Consulte o seu coração
Por justas opiniões

Não deixe que se perturbe
Tua mente em agitações,
Vê a confusão da urbe
Com tantas imprecauções

Falta de ordem ou método
Gera tumulto na mente
Passar a ver tudo, no todo
Duma maneira diferente

Como se ficasse vazia
A mente já perturbada
De repente, essa agonia
Vem deixá-la atrapalhada.

Quem pensa em demasia
Sempre no mesmo assunto
Entra na fase sombria
Dessa tal... de depressão !

*pequeno rei; reizinho

Porangaba, 14/06/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

Visite meu blog:
http://brisadapoesia.blogspot.com


domingo, 7 de junho de 2015

Rimas

Resultado de imagem para FOTOS DE RIMAS LIBERADAS
Rimas


Rimas feitas de amargura
Nos versos que escrevi
São rimas em que a agrura
Sobrepunha o que frui

Rimas que a vida escreveu
No curso do meu destino
Tão escuro como breu,
Que hoje me sinto cretino.

Bem ou mal, a vida, é assim
Composta de tanta rima
E de tormentos sem fim,
Que do poeta se aproxima

Ele paga com essa sorte
O sonho que almejou,
O rimador, só na morte,
Alcança, o que sonhou !

Rimas pobres, rimas ricas
Cruzadas ou alternadas
Sempre alguém as critica
Por não serem coroadas

O vate é um sofredor     
Forjado pelo destino  
Tem na rima o seu amor,
No verso, o dom divino  !

Porangaba, 07/06/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

Obrigado pela visita ao meu blog:

... O passaporte !

Resultado de imagem para FOTOS DE PASSAPORTE LIBERADAS
... O passaporte !


No crepúsculo da vida, já no ocaso
Sob névoa da morte que se aproxima
Hei-de escrever os derradeiros versos 
Para neles dizer ao mundo quão perversos
São a infâmia, o desprezo, a pouca estima,
E chegar ao compromisso, com atraso.

A sombra, à nossa frente vai seguindo
A luz que o sol projeta no horizonte,
Eu hei-de seguir os dias plenamente
Até que a névoa me detenha, vindo
Com o passaporte que trás a água da fonte
Aquela, que dá vida à alma eternamente !

E na mão de Deus, depositarei o meu legado
Aquele que foi marcado, o destino traçou,
A cega turbulência esmagou o coração
Nos dias de agonia e ânsia deste fado
Muito pouco, o progresso que alcançou,
E de pouca valia, a nefasta cognição  !


Porangaba, 05/06/2015
Armando A. C. Garcia (data da criação)

Obrigado por visitar meu blog:


quinta-feira, 4 de junho de 2015

Já em idade avançada !

Resultado de imagem para FOTOS DE IDOSO LIBERADAS
Já em idade avançada !


Desiludido da vida, já em idade avançada,
E, sentado na varanda do seu pequeno barraco,
O velho ancião, pensava ao sol, da tarde já avançada,
Como este sol, que se põe, já estou perto do buraco !

Já fui jovem, elegante, todos gostavam de mim
Agora alquebrado, curvado ao peso da idade
Do que fui, nada me resta, já estou perto do fim !
Bem longe da juventude, do frescor da mocidade.

O meu rosto emurcheceu-se, as rugas tomaram conta
O corpo, pendeu-se à bengala em que se ampara, 
A cabeça, que era sã, vive agora meio tonta,
Hoje, do que fui, sou apenas uma singela apara !

Esta indiferença dos jovens, quando na idade fagueira
Olham um velho como eu, nunca pensam que a idade,
Um dia, o tempo, prostrá-los-á da mesma maneira,
Sempre na velha cadeira, dos tempos da mocidade !

Porangaba, 04/06/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

Obrigado por visitar meu blog:


segunda-feira, 1 de junho de 2015

O tempo do meu tempo !...

Resultado de imagem para FOTOS DE TEMPO DO MEU TEMPO LIBERADAS
O tempo do meu tempo !...


Voltando para o tempo do meu tempo
Vislumbrei entre escaninhos tua figura
Aí, pus-me a pensar em conjeturas
Do tempo, converter o tempo,  em novo tempo

Quem sabe nesse tempo, fora de tempo
Eu pudesse meu sonho realizar
Já que ao meu tempo, sem tempo de amar
Ao compasso do tempo, surgiu contratempo

Lapso de tempo, que sem tempo não te vi
Fugiste de meus dedos simultaneamente
Pensando te encontrar oportunamente
Pra nunca mais te ver, do dia que parti

Nas asas do pensamento o tempo voa
Não se descuida um momento de voar
Voa sem parar, para nunca se atrasar
Enquanto eu, fico aqui nesta párvoa.

São Paulo, 01/06/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

Obrigado por visitar meu blog: