Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Céu de estrelas



Céu de estrelas




O céu de estrelas coalhado

Mal o luar chegava ao chão

Clareava o manto sagrado

Escurecia, meu coração



Meu olhar, jamais se cansa

Daquela noite observar ! ...

Vou saciar minha esperança

No sonho que hei de sonhar.



Verte em mim a nostalgia

Daquela noite sem luar

O astro rei, naquele dia

Não aqueceu meu trovar



Como vento que entristece
O confuso e frágil vazio

Mais triste, inda parece

O meu amor doentio



Minh’alma chora vazia

Meus olhos tristes, sem luz

Depois da noite, aquele dia

Teu amor, foi minha cruz



Se desabafo o queixume

Das desventuras sofridas

Culpa do maldito ciúme

Que não cicatriza feridas



O meu sonho se desfez

Como a marola do mar

E eu... te perdi de vez

Pra nunca mais... te encontrar !



São Paulo, 26/01/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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sábado, 25 de janeiro de 2014

Homenagem a Anderson Silva

Homenagem a Anderson Silva

No rosto, um paroxismo de pavor
Seu coração que triunfava na arena
Naquele dia, rendeu-se à imensa dor
Da quebra da tíbia e da fíbula; triste cena

Anderson Silva o possante lutador
Na cena dramática daquele dia escuro
Sofreu acidental derrota. Cujo valor
O vencedor, o sabe de valor impuro !

São Paulo, 25/01/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Homenagem a São Paulo (replay)

Homenagem a São Paulo (replay)

A ti não chegaram às caravelas,
Mas de ti, partiram bandeirantes.
Como centro financeiro abres velas
Singrando o Brasil e America do Sul


És uma das mais globalizadas
Cidades no cenário mundial
Tua pujança, e luta das arcadas
São destemor e audácia sem igual


Teu povo, miscigenação de raças
Esculpindo ao mundo novas gentes
Longas ruas, jardins e praças
Repletas de arranha céus imponentes


No emaranhado, contrastas briosa
Com favelas que ninguém ousa falar
Por São Paulo ser grande e majestosa
És a locomotiva que roda sem parar


Berço do trabalho e da cultura
Acolhes o migrante e o estrangeiro
Dás esperança aquele que te procura
E teu povo, é um povo hospitaleiro


Tua marcha triunfal o Anchieta
Do além, certamente consagrou
Não foste traçada em prancheta
A força do destino te edificou


És o gigante, deste imenso país
Teu progresso está no imenso sucesso
E neste dia vinte e cinco de janeiro
Milhões de beijos ao teu povo hospitaleiro


Porangaba, 24/01/2012 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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São Paulo - no teu aniversário


Ninguém as calha alarga ou afunda
Dos ribeirões que cortam a Capital
Sem álveo suficiente o bairro inunda
Por onde passa, cada rio piscinal

Os anos transcorrem é sempre igual
Nunca há dinheiro para tal obra
A população sofre um abalo mortal
E a prefeitura, o IPTU lhe cobra

Hoje, neste aniversário de São Paulo
Nada há para o cidadão comemorar
Crescem as inundações, pelo abaúlo
Álveo dos ribeirões sem os alargar.

Queima ônibus o povo insatisfeito
Saqueia um mercado e caminhão
A polícia surge depois do mal feito
E o saqueador fica sem a punição

Que devo eu comemorar como poeta
Senão a constrição do amargor
Quisera eu poder tocar trombeta
Para te homenagear cheio de amor

 São Paulo, 24/01/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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Mistérios a desvendar

Mistérios a desvendar


A Deus, eu peço perdão
Das faltas que cometi
E que tenha compaixão
Se no mundo me perdi

No fervor da mocidade
Pensamos que o mundo é nosso
Jactância, promiscuidade
Nem rezamos um pai-nosso

Chegada a maturidade
A caminho da velhice
Vemos quão sem validade
Foi a nossa meninice

O tempo passa ligeiro
Como a água vai pro mar
E ele é tão lisonjeiro
Qu’espera a vida terminar

Cada qual, tem seu destino
E caminho a percorrer
O homem crê no Divino
Mas não aceita morrer

Na vida que Deus nos dá
Há mistérios a desvendar
Mas só a sorte dirá...
Se os pudemos decifrar !

São Paulo, 23/01/2014
Armando A. C. Garcia

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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Anseios mirrados



Anseios mirrados





Os teus anseios mirrados

Secaram minha esperança

Meus olhos apaixonados

Vertem lágrimas da lembrança



O condão de prodígios

Que teu amor despertou

Extinguiu os vestígios

Que meu coração ofertou



Orgulhosa e pujante

A soberba, te apraz

No teu mundo tão distante

De tudo, tu és capaz



Tristeza, não te comove

Teu fronte, sacode as ondas.

-Que teu coração não prove

Da amargura que escondas



Pisas na face e no peito

De quem cruza teu caminho

É o desengano perfeito

A quem espera carinho



Teus beijos de amor, somente

Satisfazem os desejos

De teu amor decadente

Que beija a todos sem pejos



Na ebulição do amor

Tens mestria em fingimento

Camaleão muda de cor,

Tu, mudas de pensamento!



São Paulo, 15/01/2014
Armando A. C. Garcia 


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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Acepipes principescos


D’acepipes principescos
No menu do Maranhão
Banhos de sol e refrescos
Tonelada e meia de camarão

Como se tal não bastasse
Oitenta quilos de lagosta
E, pra que nada faltasse
Um milhão. Eis a resposta

Patinhas de carangueijo
Só, setecentos e cinquenta quilos
Não sei explicar de queijo
Mas de peixe, dois mil quilos

D’carne, cinco toneladas
Do guaraná marca Jesus
Dois mil e quinhentos litros
Cinquenta caixas de bombons

Bons canapés de salmão
E coqueteis de mariscos
Empanadas de camarão
E caviar. Eis os petiscos.

Regados a vinhos importados
Franceses ou portugueses
Italianos e, aprimorados
Com os champanhes Franceses

Como prato principal,
No menu: filé mignon
Ao molho de gorgonzola,
E, também à provençal

Pato ao molho laranja
Carne de carneiro e cabrito,
Tem risoto de lagosta
Caldeirada de camarão,

Um bacalhau com natas,
E um risoto de peru.
Comporiam as magnatas
Receitas desse menu.

Afronta ao assalariado
Deste povo miserável
Onde a compra no mercado
Mal dá pro indispensável

Arroz, feijão e farinha
O ovo e o macarrão
Pão e café, na cozinha,
Um dia tem, outro não .!

Ver este tal de absurdo
País em desenvolvimento
Nosso governante, é surdo
Ou tem, cabeça de jumento

No grão estilo de vida
O governante se esquece
Que sua atitude é medida
Por aquele que desmerece

Nosso povo mal nutrido
Sem pão, e sem moradia
É do governo esquecido,
A quem dá tanta regalia.

Cala por medo, ou vergonha
Sem um grito de rebeldia
E numa esperança visonha,
Sem poder, dá mordomia !

Desperta meu povo querido
É hora de dizer basta
Teu civismo adormecido
Há meio século se arrasta !

Porangaba, 10/01/2014
Armando A. C. Garcia

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