Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Acepipes principescos


D’acepipes principescos
No menu do Maranhão
Banhos de sol e refrescos
Tonelada e meia de camarão

Como se tal não bastasse
Oitenta quilos de lagosta
E, pra que nada faltasse
Um milhão. Eis a resposta

Patinhas de carangueijo
Só, setecentos e cinquenta quilos
Não sei explicar de queijo
Mas de peixe, dois mil quilos

D’carne, cinco toneladas
Do guaraná marca Jesus
Dois mil e quinhentos litros
Cinquenta caixas de bombons

Bons canapés de salmão
E coqueteis de mariscos
Empanadas de camarão
E caviar. Eis os petiscos.

Regados a vinhos importados
Franceses ou portugueses
Italianos e, aprimorados
Com os champanhes Franceses

Como prato principal,
No menu: filé mignon
Ao molho de gorgonzola,
E, também à provençal

Pato ao molho laranja
Carne de carneiro e cabrito,
Tem risoto de lagosta
Caldeirada de camarão,

Um bacalhau com natas,
E um risoto de peru.
Comporiam as magnatas
Receitas desse menu.

Afronta ao assalariado
Deste povo miserável
Onde a compra no mercado
Mal dá pro indispensável

Arroz, feijão e farinha
O ovo e o macarrão
Pão e café, na cozinha,
Um dia tem, outro não .!

Ver este tal de absurdo
País em desenvolvimento
Nosso governante, é surdo
Ou tem, cabeça de jumento

No grão estilo de vida
O governante se esquece
Que sua atitude é medida
Por aquele que desmerece

Nosso povo mal nutrido
Sem pão, e sem moradia
É do governo esquecido,
A quem dá tanta regalia.

Cala por medo, ou vergonha
Sem um grito de rebeldia
E numa esperança visonha,
Sem poder, dá mordomia !

Desperta meu povo querido
É hora de dizer basta
Teu civismo adormecido
Há meio século se arrasta !

Porangaba, 10/01/2014
Armando A. C. Garcia

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