Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sábado, 26 de julho de 2014

Cinzas do passado !

Cinzas do passado !


No silêncio da saudade
Acredite, ouço sua voz
Quando o luar, a terra invade
Diviso sua sombra, na foz !

E, quando triste passeio
Taciturno, melancólico
Vou espairecer no seio
Do meu recanto bucólico

Certas noites te procuro,
Fitando as estrelas do céu
Sob o manto azul-escuro
Está, teu destino e o meu

O céu não quis nos unir
No passado e no futuro
São saudades a carpir
Neste orbe, obscuro

Nesta mata de enganos
Em que sonhos flutuam 
Nos recônditos *arcanos
Que na alma perpetuam

Longo mar, longa distância
Tua imagem carinhosa
Não teve a mesma coerência
Que fez de ti, a mais ditosa

Jamais tirei da lembrança
A moldura do teu rosto
Mas o fiel da balança
Pendeu-se no contraposto

Neste longo corredor
Que a vida nos aflora
A paixão é uma dor
Que nem a morte a devora 

*segredo; mistério

Porangaba, 26/07/2014  (data da criação)
Armando A. C. Garcia 

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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Pobre Ana,



Pobre Ana,



Pobre Ana, a coitadinha

Jogada nos lupanares

Tenra idade a pobrezinha

Deixada nesses lugares



Não teve infância a coitada

No duro jogo da vida

Desde cedo, molestada

E, desde cedo perdida



Expor seu corpo ao léu

Brincar de marido e mulher

Coberta; as estrelas do céu

Pedia a Deus, pra morrer !



Pobre Ana, a coitada

Triste sina, Deus lhe deu

Tão cedo foi enganada

Mil agruras padeceu



No jogo sujo do amor

Tão cedo ela foi lançada

No desabrochar, sem pudor

Foi logo aos lobos jogada.



Com a pobre Ana, o destino

Foi impiedoso e cruel

Neste mundo libertino

Ela saboreou o fel !



Caiu na alcova dos leões

Jogada pelo destino

Ao sabor das ingratidões

Do mundo torpe, ladino



Mas Ana, não desistia

De mudar a sua vida

Se o seu corpo vendia,

Não era uma decaída



Sair da absurdidade

Da lúbrica cama do abismo

E da promiscuidade

De todo o ostracismo



Tinha sonhos de mudança

Dum carinho apetecido

Sonhos de nova esperança

Do amor que havia perdido



Estendendo a mão à fé

Num programa de televisão

O Pastor disse: a quem crê

- Deus lhe dá o seu perdão



A pobre Ana, a coitada

Nesse lampejo de fé

Sem se fazer de rogada

Foi na igreja da Fé



Lá procurou por ajuda

Contou seu modo de vida

O pastor; que deus nos acuda

Vamos tirá-la dessa vida



Procurou nos seus obreiros

Qual poderia empregá-la

Surgiram logo os primeiros

Que souberam resgatá-la.



São Paulo, 23/07/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia



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Lavo minha saudade



Lavo minha saudade


Eu lavo minha saudade

Nas fímbrias do velho Fresno

Desde a minha mocidade

E, por toda a vida, o mesmo



Sempre que a vil solidão

Invada minha saudade

Tuas águas lavarão

A minha infelicidade



Em forma de nostalgia.

Com a musa predileta

Buscarei tua energia

Como fazia o asceta.



Minhas forças recarrego

No ar puro dos pinhais

Por isso, tanto me apego

Às tradições regionais.



Jamais o meu coração

Se afastou deste lugar

Curto mágoa e solidão

Só tu, me fazes sonhar



Minha sombra ali passeia

Projetada no luar

E, minha alma anseia

Mais formosa te encontrar



Volto de novo à vida

Bem longe desse lugar

Se triste foi a partida

Mais triste, é não voltar !



Porangaba, 21/07/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia



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domingo, 13 de julho de 2014

O Canto da Sereia !...

O Canto da Sereia !...


Sonhos que alimentei e vi morrer
Os sonhos que sonhei na minha infância
E hoje, os alimento, sem saber
Quão grande foi a sua importância

Mais doces que a brisa e a lua cheia
Tão belos, tão puros, por vezes vulcão
Na imaginação, ao canto da sereia
Inquietos, à mente causam confusão.

São Paulo, 13/07/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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