Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Pobre Ana,



Pobre Ana,



Pobre Ana, a coitadinha

Jogada nos lupanares

Tenra idade a pobrezinha

Deixada nesses lugares



Não teve infância a coitada

No duro jogo da vida

Desde cedo, molestada

E, desde cedo perdida



Expor seu corpo ao léu

Brincar de marido e mulher

Coberta; as estrelas do céu

Pedia a Deus, pra morrer !



Pobre Ana, a coitada

Triste sina, Deus lhe deu

Tão cedo foi enganada

Mil agruras padeceu



No jogo sujo do amor

Tão cedo ela foi lançada

No desabrochar, sem pudor

Foi logo aos lobos jogada.



Com a pobre Ana, o destino

Foi impiedoso e cruel

Neste mundo libertino

Ela saboreou o fel !



Caiu na alcova dos leões

Jogada pelo destino

Ao sabor das ingratidões

Do mundo torpe, ladino



Mas Ana, não desistia

De mudar a sua vida

Se o seu corpo vendia,

Não era uma decaída



Sair da absurdidade

Da lúbrica cama do abismo

E da promiscuidade

De todo o ostracismo



Tinha sonhos de mudança

Dum carinho apetecido

Sonhos de nova esperança

Do amor que havia perdido



Estendendo a mão à fé

Num programa de televisão

O Pastor disse: a quem crê

- Deus lhe dá o seu perdão



A pobre Ana, a coitada

Nesse lampejo de fé

Sem se fazer de rogada

Foi na igreja da Fé



Lá procurou por ajuda

Contou seu modo de vida

O pastor; que deus nos acuda

Vamos tirá-la dessa vida



Procurou nos seus obreiros

Qual poderia empregá-la

Surgiram logo os primeiros

Que souberam resgatá-la.



São Paulo, 23/07/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia



Obrigada por visitar meu blog;


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