Pobre
Ana,
Pobre
Ana, a coitadinha
Jogada
nos lupanares
Tenra
idade a pobrezinha
Deixada
nesses lugares
Não
teve infância a coitada
No
duro jogo da vida
Desde
cedo, molestada
E,
desde cedo perdida
Expor
seu corpo ao léu
Brincar
de marido e mulher
Coberta;
as estrelas do céu
Pedia
a Deus, pra morrer !
Pobre
Ana, a coitada
Triste
sina, Deus lhe deu
Tão
cedo foi enganada
Mil
agruras padeceu
No
jogo sujo do amor
Tão
cedo ela foi lançada
No
desabrochar, sem pudor
Foi
logo aos lobos jogada.
Com
a pobre Ana, o destino
Foi
impiedoso e cruel
Neste
mundo libertino
Ela
saboreou o fel !
Caiu
na alcova dos leões
Jogada
pelo destino
Ao
sabor das ingratidões
Do
mundo torpe, ladino
Mas
Ana, não desistia
De
mudar a sua vida
Se
o seu corpo vendia,
Não
era uma decaída
Sair
da absurdidade
Da
lúbrica cama do abismo
E
da promiscuidade
De
todo o ostracismo
Tinha
sonhos de mudança
Dum
carinho apetecido
Sonhos
de nova esperança
Do
amor que havia perdido
Estendendo
a mão à fé
Num
programa de televisão
O
Pastor disse: a quem crê
-
Deus lhe dá o seu perdão
A
pobre Ana, a coitada
Nesse
lampejo de fé
Sem
se fazer de rogada
Foi
na igreja da Fé
Lá
procurou por ajuda
Contou
seu modo de vida
O
pastor; que deus nos acuda
Vamos
tirá-la dessa vida
Procurou
nos seus obreiros
Qual
poderia empregá-la
Surgiram
logo os primeiros
Que
souberam resgatá-la.
São
Paulo, 23/07/2014 (data da criação)
Armando
A. C. Garcia
Obrigada por visitar
meu blog;
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