Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

quinta-feira, 29 de março de 2012

Se viver é uma arte

Se viver é uma arte

Se viver é uma arte
Muito tenho a aprender
Se da vida faço parte
Não sei o que é viver!

Ando na estrada da vida
Nela carrego a cruz
Ela, não foi divertida
Criou ulceras com pus

A vida dá-nos a chance
De fazer o que se quer
Mesmo que não alcance
O sucesso de viver

Emoções, decepções
Temo-las no dia a dia
Machucam os corações,
É a cobiça quem as cria

Enclausurados na vida
Sem afeição e doçura,
Como batalha perdida
Ou retrato, sem moldura

É esperança passageira
Como amor de carnaval
É soldado na trincheira
É o bem, servindo o mal

As voltas que o mundo dá
São realidade efetiva
Mesmo a vida ao deus-dará
É a grande locomotiva.

Para um dia não sofrer
Em cada minuto da vida
Precisamos compreender
Que há subida e descida

Momentos fazem a vida
Como segundos a hora
Estas fazem o dia
E nós, os jogamos fora

Há momentos de alegria
De amor e reflexão
Felicidade e nostalgia
Apertos no coração

A vida tem seus espinhos
Mas tem perfume, também
Vivem pássaros nos ninhos
E nós, no colo da mãe

E se por algum motivo
Grande mágoa te bater
Ouve conselho de amigo
Não te deixes abater

Porque a vida é assim mesmo
Uma ilusão transitória
Tiramos sortes a esmo
Uns ruína, outros vitória

De tuas próprias certezas
A definição desta vida
Não esperas por molezas,
Nem a sorte, por vencida!

São Paulo 29/03/2012
Armando A. C. Garcia


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terça-feira, 27 de março de 2012

A TV noticiou !

A TV noticiou !

Com aspecto de libertação
À salvação de Jesus
De Demo inspiração
Fingir um reino de luz

Criou uma santa igreja
Que de santa, nada tem
Ao invés de benfazeja
Só o dinheiro, lhe convém

Lá, a pedincharia é brava
Tem cobrança, todo dia
Quem não pagava, ele cobrava
Sem pagar, ninguém saía

Dos fiéis, ele exigia
Dízimos para pagar
O programa que exibia
E que não podia parar

Grandes somas amealhou
Enricou, quanto queria
Fazendeiro se tornou
Não de pequena pradaria

São milhares as suas rês
De linhagem selecionada
E o povo, fica a seus pés
Vão vê; que é presepada

É um colóquio montado
Explorando a fé cristã
Deus, não está a seu lado
Sua crença é pagã

Não é inspiração Divina
Por certo de belzebu
Que do mal, tudo ensina
Até, a comprar zebu

Não se engane minha gente
Com quem só pede dinheiro
Jesus Cristo, inteligente
Deu o exemplo verdadeiro

Indagado sobre a moeda
Com a efígie de César
Disse Jesus:
...A César o que é de César
E a Deus o que é de Deus

Ninguém quer interpretar
Esta parábola a rigor
Porque interessa amealhar
Sem o esforço... do suor

Vivem às custas de Deus
E da fé de ignorantes
São piores do que ateus
E pensam ser importantes

Pobres almas na partida
Muito terão que pagar
Sem arranque na subida
Ficam ermas a divagar

Nossa TV noticiou
Um fato, aberração
Dum apostolo que gerou
Da igreja um fazendão.

Porangaba, 24/03/2012
Armando A. C. Garcia

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quinta-feira, 22 de março de 2012

Glacial solidão !

Glacial solidão !

A alma fica a chorar
Se passas e não me vez
Já não tem onde morar
Se não for, só a teus pés

Teus caminhos percorri
Buscando teu coração,
Parece que te perdi
Fugiste de minha mão

Por teu amor eu faria
Uma loucura qualquer
O mundo percorreria
Para ao teu lado viver

És todo meu sentimento
E não o posso negar
Se livre meu pensamento
Não é, o meu penar

Gostar de alguém na vida
É destino, ou perdição
Castigo, sem ter guarida
Glacial solidão !

Tua ausência é maior
Ao fingir que não me vês
Só aumenta minha dor
Todos vêm, tu não crês

Tu, em mim não deitas fé
É a fria realidade
Mas eu, não arredo o pé
Ativarei tua vontade !

As lágrimas que eu chorar
Quero-as colecionar
Para um dia as vingar
Na felicidade, que espero!

São Paulo, 22/03/2012
Armando A. C. Garcia

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quarta-feira, 21 de março de 2012

CICLO DA ÁGUA

CICLO DA ÁGUA

Todos em ti deixam sua sujeira
Mas tu, qual Fênix que renasce das cinzas
Voltas renovada, purificada
Cristalina a cada novo ciclo de vida

Podes ser sólida, líquida ou gasosa,
Tua sublimação de sólida a vaporosa
É movimento constante, na esfera.
Estás nos oceanos, continentes e atmosfera

Porém está na evapotranspiração
Tua maior afirmação de transmudação
Passas à atmosfera pelo efeito do calor
A cada ciclo hidrológico repetidor

Te condensas em nuvens de vapor
Para a milhares de quilômetros dar vigor
A plantas, florestas, cardos e roseiras
Alimentas rios, mares, oceanos e geleiras

Penetras no solo, alimentas as nascentes
Cursos d’água em todos continentes
Deságuam nos lagos e outros no mar
Ou criam aqüíferos singular

Ninguém obstrui o teu curso, és poderosa
Escoas esbravejando na tarde chuvosa
Em direção aos rios, lagos e oceanos
És inconstante, levas vida de ciganos

Brotas de fissuras nas rochas duras
Irrompes de entre nuvens magnéticas
Que cospem línguas de fogo para a terra
E o fogo apagas, esfrias a guerra

Tua força e dom é sobrenatural
Mitigas a sede de planta, do animal
És o prenúncio da vida renascida
O poder o equilíbrio e a medida

Força suprema da natureza viva
Que de ti nasce e se procria ativa
És potência, vigor, força e energia
És dilúvio, enchente e calmaria

Esperança do agricultor, seiva da vida
Fertilidade e abundância de comida
Nos organismos, matéria predominante
Âncora que a vida leva adiante

Nas madrugadas em forma de orvalho
Ou então caindo em lentos flocos de neve
Qual manta branca na linha do horizonte
Cobrindo vegetação, árvores e montes

Teu ciclo hidrológico se inicia nos mares
Com a evaporação marítima sobes aos ares
E os ventos te transportam aos continentes
Em ciclos contínuos e permanentes

P’ra no caminho subterrâneo te infiltrares
Nos poros das formações sedimentares
Num processo contínuo e lento
Como quando nuvem, ao sabor do vento

Crias vendavais, e inundações
Transbordas nos rios, lagos e lençóis
Só o mar acalma tuas agitações
Por vezes encapelas ondas, dimensões

O processo de mutação pelo calor
Que do globo passas à atmosfera
Para renovar com viço e amor
A natureza que sempre te espera

De teu potencial surgiu a roda d´água,
A máquina a vapor, a usina hidrelétrica
O caminho fluvial, a caixa d’ água
Com participação em toda cibernética

São Paulo, 22 de março de 2006
Armando A. C. Garcia


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Só... (3) Trovas

Só... (3)  Trovas

Para sempre, esconder-me-ei
Na capa imensa da terra
Num jardim de flores, viverei
Pondo fim, à nossa guerra
===================

Nesta linha transitória
Que há, entre a vida e a morte,
Um espaço, limita a glória 
Que é, denominado sorte !
===================

Se contrarias, contrários
Serás tu, contrariado
No caminho dos calvários
Gastarás o teu solado
====================

São Paulo, 21/03/2012
Armando A. C. Garcia



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terça-feira, 20 de março de 2012

Ditosa Magia ...

Ditosa Magia ...


Tinha uma certa magia,
Quando na rua passava
Um sorriso de alegria
Que todo mundo encantava

Essa cabocla atraía
Todos os olhares para si
Quis fingir que não a via
Ao final, não resisti

Eu confesso que não sei
Porque fingia não vê-la
Só meu desejo freei
Ao impulso de ser dela

Simulei p’ra disfarçar
Ao meu desejo sagaz,
Com vontade de agarrar
E dela, correr atrás

Finalmente compreendi
Que eu, sentia o amor
Que meu destino, era ali
Ao lado daquela flor

Seus impulsos de magia
Esperança que me alcançou
Foi sonho, sem fantasia
Que o meu mundo mudou

Cada minuto que passa
Tem o clarão da alvorada
É o esplendor, é a graça
Do destino, a nomeada

São Paulo, 20/03/2012

Armando A. C. Garcia

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Sedutora !...


Sedutora !...

Lá no fim da minha rua
Está o início da tua
Não tinha como não ver
Tão sedutora mulher

Passava toda garbosa
Num vestido cor de rosa
Sedutora e atraente
Era linda, sorridente

Sua graça sedutora
Como a matiz da aurora
Espargia no caminho
O olor do rosmaninho

De todas era a mais bela
Nem a santa da capela
Tinha seu rosto igual
Era linda e sensual

De inefável doçura
No sorriso a formosura
E a harmonia das cores
De um jardim de flores

Uma rosa de ternura
Cheia de amor e ventura
Que na minha juventude
Amei-a o quanto pude

Era a mais linda donzela
Doce alento, virgem bela
Que neste mundo já vi
E... em procela, a perdi !

São Paulo, 20/03/2012
Armando A. C. Garcia

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domingo, 18 de março de 2012

Da Vida, ao Fim ...

Da Vida, ao Fim ...

Avançando na idade
Vão os colocando de lado
Como coisa que não presta
Sem nenhuma utilidade

Sucata da humanidade
Peso morto, obsoleto
Sem valor, é qual dejeto
Ultrapassada a validade

O que ao mundo deu de si
Não é levado em conta
A gratidão, é a afronta
Que recebe, aqui e ali

Já serviu por longo tempo
Sua missão foi cumprida
E o que lhe resta da vida
É um benévolo passatempo

Incuráveis cicatrizes
O relógio, registrou
Do vazio, o que restou
Foram as horas felizes

Lamentos, divagações
A marca do tempo levou
E, se a vida os deixou
Merecem abnegação

O que dói profundamente
É o desprezo da figura
Que embalou com ternura
E hoje, de si está ausente

As memórias não morrem
Nós, morremos a cada dia
Como nada acontecia
No curto espaço, sofremos !

Porangaba, 18-03-2012
Armando A. C. Garcia

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