O P a s t o r
Humilde, simples, homem camponês
Guiado pelo sol e pelos astros
Ele leva seu gado para os pastos
Do acúleo terreno montanhês
Desde o romper da aurora ao por do sol
Atravessa prados e serranias
Sem ir ao povoado passa dias
Vivendo em seu mundo, sem escol.
Coração simples, alma ingênua a sua
Que não maltrata, que não critica
Não joga, nem sabe de política
Só almeja o sol, e à noite a lua
Tem de dia os mansos cordeirinhos
E o gorjeio poético das ave
O sussurro suave pelos ares
Do vôo manso dos passarinhos
Tem o verde dos prados, tem as flores
O olor do alfazema e do alecrim
O aroma do lírio e do jasmim
Matizando os prados multicores.
S.P. 1964 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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