Quando o amor cede ao ciúme
O amor cede ao ciúme
Quando ferve na mente
A malfadada semente
Escura, como negrume
Como vozes que projetam
Assaz, levam à loucura
São horror, são desventura
Que na idéia arquitetam
Na constância o ciúme
Despedaça o coração
O ódio vence a razão
Conjetura o que presume
A alma mesmo inocente
Sofre cruel azedume
Nas garras do vil ciúme
Qual veneno de serpente
Sombria mente a carpir
Do fado a ira funesta
Solidão, é o que resta
A quem não pode resistir
O monstro teratológico
É da cor da noite escura
Tanto arroja à sepultura
Ou separação. O mais lógico.
São Paulo, 30/07/2011
Armando A. C. Garcia
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