Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Natal - 2018


Natal 2018
Senhor,          
Eis-me aqui novamente neste Natal.              

Feliz Natal 2018
 
                                                                                                               Com votos de BOAS FESTAS

Em cada lar e em cada coração
Transborde o espírito Natalino
E a paz de Jesus, o Deus-menino
Se expanda repleta de emoção,
                                                                                               
E faça sentir amor, ao que não sente
Dê a esperança ao desventurado
Consolação pra que seja abençoado
De alegria e exultação o descontente.

Faz tu, de tuas mãos a ferramenta
Não negues a dádiva, nem o carinho
Porque elas serão a luz de teu caminho
O esplendor que redime e acalenta

É a luz que resplandece lá dos céus.
Mitiga a fome daquele que é desvalido
Dá ternura e amor ao decaído
Muito mais quer que tu faças – nosso Deus

Leva um pouco de ventura e caridade
Aos lares que padecem sem comida
Enxuga-lhes o pranto e dá guarida
Suaviza-os com o advento da felicidade

Na doce migalha por ti derramada
Verás surgir em ti outra figura
Jesus, ungirá teus dias de amargura
E a mão Divina, em ti será projetada!

    Feliz Natal – 2018    e                              
    Alvissareiros sucessos de                            
    Próspero Ano Novo – 2019                                            

     São Paulo, 14/08/2018 (data da criação)                        
    Armando A. C. Garcia 
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terça-feira, 2 de outubro de 2018

A Vida ! (II)


A Vida ! (II)

Vida é sangue na veia
O coração a bater
É o sol que clareia
E faz a planta crescer


É o pássaro no ninho
E, é o peixe no mar
É a estrada, o caminho
A noite escura, o luar


É a flor que desabrocha
É o pássaro a voar
É o samba da cabrocha
O avião, lá no ar !


Vida. É movimento
É conquista, é prazer
Determinação, talento
É o filho a crescer


É o majestoso universo
O mar, a mata e a flor
É a poesia, o verso
O deleite do cantor !


É o infinito dos céus                            
As estrelas cintilantes
Onde a morada de Deus
Fica de nós tão distante !


Porangaba, 14/07/2011 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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domingo, 30 de setembro de 2018

O Velhinho


O Velhinho


O sol! sol abrasador de meio dia
Caía em cheio no caminho deserto
Não havendo uma sombra, ou um coberto
Onde descansar do calor que fazia

E, naquele sol impiedoso, escaldante
Caminhava a pouco e pouco já cansado
Apoiando-se a muito custo no cajado
Aquele velho andrajoso caminhante.

As borboletas são as suas flores do espaço
E as plumagens coloridas dos passarinhos
São como seus cantares, únicos carinhos
Que cheios de ternura, o envolvem num abraço!

Caminhando só, enfrenta a natureza
Virá uma brisa, encontrará uma fonte
Encontrará um vale, descido o monte.
E, onde possa saciar sua fraqueza!

E quando às vezes a noite caí no caminho
Fica dormindo ao relento, noite aberta
Fitando as estrelas doiradas da coberta
Que espiam dia a dia o seu caminho. 

Armando A. C. Garcia 
São Paulo 18/03/1964 (data da criação)

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Vitória injusta 


Vitória injusta 


Não vence quem a vitória injusta conquista 
O tributo que aufere inda será tornado 
Vitupério algum será troféu de artista 
E um dia... verá não ter sido admirado ! 

O remédio não defenderá seus passos loucos 
Esforço, empenho, bravura e atrevimento 
Não serão ajuda, o dar-lhe ouvidos moucos 
Mesmo que tomado de bom comportamento. 

Armando A. C. Garcia 
São Paulo 13/12/2001 (data da criação)

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Não fujas novamente...


Não fujas novamente...


Se me esperas, não há mais porque esperar !
Se o amor te fere, neste teu gesto lindo
Não fujas novamente, deixa alcançar
Que a esperança não fique... só te seguindo

Tiraste do coração o que não tinha
O riso, alegria, desejo de viver
Foste tu, a razão da desdita minha
Destino cruel, imutável sofrer !

Se nem tu, poder fugiste, ao destino
Das juras de amor, guarda prometida
Obedecendo ao ensejo alto divino,
Eis que voltas com a alma redimida

Trazendo em teus deleites esperança
Como prêmio, que a vida dá, lá no fim
Da imensa angústia, da desesperança
Chama do amor, jamais apagada em mim.

Armando A. C. Garcia 
São Paulo 13/12/2001 (data da criação)

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Conflitos de Amor


Conflitos de Amor


Da afeição que eu tanto confiava
No amor que tão desejada era
Traição tamanha, jamais esperava
Quão grande a flama que em mim ardera

Enfim, só quem ama sabe, compreende
Que aquilo que se quer e se deseja
Há sempre alguém que sem pelejar contende
Tão suspeito, que em curto tempo se não veja.

As lágrimas míseros dos dias sofridos
D’ amor qu’ teve começo, nunca teve fim
Foram prelúdio de jogador vencido
Que, na ordem do destino foi traído

A lealdade das juras já negada
No amor que sustinha não renova
Infestam a alma e a vida subjugada
Como lhe convinha, seu peito aprova !

Armando A. C. Garcia
São Paulo 15/12/2001 (data da criação)

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Reminiscências...


Reminiscências... 


O amor há muito tempo, posto em esquecimento 
Não soube o coração dissimular a dor cruenta, 
Não por faltar-lhe lembrança ou discernimento 
Mas, num misto de medo e alegria que atormenta 

Pálido, instrumento do próprio desatino 
A causa de não sentir a perda da grande estima 
Sua natureza ferida, reluta tal destino 
Sendo mais numerosas que suas forças ... 

Seu propósito mudado, está-o confundido, 
Na mais profunda retaguarda do coração 
Por anos a fio foste tu, perdida estima ! 
Desagrado pesar, que em mim recordo em vão ... 

A causa de sentir é grande, extraordinária 
Maior na amara desventura do amor perdido, 
Deitada em outro leito.; a si contrária... 
A alma cheia de dúvida, coração oprimido. 

Cheio de saudade, feroz descontentamento 
Qual mansa ovelha, ao duro sacrifício, oferecida... 
Liberta, finalmente, de mil juras ao vento... 
Eterno esquecimento, do que fui na sua vida ! 

Armando A. C. Garcia 
São Paulo, 08/12/2001 (data da criação)

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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Sonho sem sentido

Sonho sem sentido 


Iníqua tanta, tamanha e dura covardia 
Que vingar da sorte eu queria ter podido 
Mais que a ira e piedade a morte prometia 
Fiado na promessa do amor comprometido. 

Se tão bela era quanto imaginar eu posso 
Lancei no negro esquecimento adormecido 
Alegres apetites no interno do meu fosso 
Dos quais não tive gosto, sonho, nem sentido ... 

Adormecido no bruto sonho imenso meu, 
Nos anos a fio que descendo vão a fundo 
Vens agora, despertar quem já sofreu 
Quanto sofrer a alma, pode neste mundo. 

Encontras em mim uma sombra do passado 
Tão mal apagado o fogo do amor está 
Por ti, abatido, fui morto, sepultado ! 
Cumpra-se o destino. Põe nele a cal de pá. 

Nos versos que escrevo, em vão pretenso intento 
Foste imenso lago, no reino fundo de meu peito, 
Imenso amor, intenso e diáfano pensamento. 
Tu, cheia de medo e de receio do meu leito! 

Não venhas agora aprisionar meus curtos dias 
Não haverá quem ao amor, reserve resistência... 
Nem o corpo, nem a mente lhe ordenaria, 
Aquele que foi vencido, lutará com renitência. 


Armando A. C. Garcia
São Paulo, 13/12/2001 
(data da criação)

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A Vida (I)


A Vida (I)

A culpa é sempre da vida
Da vida, que não tem culpa,
Mas todos culpam à vida
Da culpa de sua culpa!

Veio a desgraça, é a vida...
Dizem todos numa só vez!
Todos falam que a perdida
É a culpada outra vez...

Na desavença! É a vida
Novamente essa maldita,
De novo intrometida
Nas lamúrias da desdita.

No assassinato, é a vida
Por ser Deus que assim fez
Mas não deu poder à vida,
Em desfazer o que Ele fez!

No amor ou na glória
Todos esquecem a vida
Pois nos láureos da vitória
Quem relembra a mísera vida!...

Por isso a dor glorifica,
Dá valor à própria vida
O que hoje não significa
É a razão da própria vida.

A culpa é sempre da vida
A vida, sem culpa alguma!
Que cada um, em sua vida
Não tenha, é culpa nenhuma!

Armando A. C. Garcia
São Paulo, 22/06/1966 
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A Última Cartada


A Última Cartada 


Já cantam os galos, madrugada é alta 
A luz no seu quarto contínua acesa 
E na sala, o candeeiro sobre a mesa 
Espera apagarem as luzes da ribalta 

A noite caí. E no silêncio profundo 
Aumenta o seu desespero a sua dor. 
Na espera interminável do seu amor... 
Do próprio companheiro deste mundo. 

Que no cassino àquela hora, embriagado 
Já perdeu até o último vintém. 
E para última arriscada põe, também, 
Em jogo, o apartamento mobiliado. 

Pois na magia das cartas trapaceiras 
Perdeu tudo, naquele jogo foi lesado 
Deixando todo seu lar prejudicado 
A troco de infamantes bebedeiras. 

Armando A. C. Garcia 
S.P. 31/08/1965
(data da criação)

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O Vento


O Vento 

E o vento, o que o vento passa... 
Entre nuvens de espessa fumaça 
Ninguém sabe, ninguém, jamais, viu! 
Ninguém quer saber o que ele sentiu. 

E o vento, lento ou forte se desloca 
Bruma suave, ou rajada que passa 
O vento não pára um só momento 
É como no homem o pensamento. 

E o vento alando-se ao infinito 
Levado por um sonho bendito 
Sem saber se o que lá o espera, 
Se miasmas, nuvens, ou cratera 

E na sua missão nobre e boa 
Em que afasta a trovoada que ecoa 
Também, leva a semente caída 
Que dará vida a outra vida. 

E o vento que parece mau e inútil 
Todos o encaram como coisa fútil 
Entretanto afasta as miasmas de doenças 
A fumaça e a poluição intensas 

Armando A. C. Garcia 
S. P. 04/10/1964 (data da criação)

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