Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sábado, 27 de setembro de 2014

Política/mente

Política/mente


Neste mundo de enganos e desenganos
Nesta ausência permanente da verdade
Promete-se tudo, palavra de ciganos
Nas mal delineadas teses de aceitabilidade

No longo corredor, deslavada/mente
Mentem com promessas, nunca a ser cumpridas
Na senda de mentiras, covarde/mente
Enganam o eleitor, com melhora em suas vidas

Nessa trilha do poder, nacional/mente
Dardejam entre si chispas inflamadas
No presente e no futuro, certa/mente
Continuarão mentindo, em busca da Alvorada

São Paulo, 27/09/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia –

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domingo, 21 de setembro de 2014

Se o poeta rasga os versos

Se o poeta rasga os versos


Se o poeta rasga os versos
Sem coragem de mostrá-los
Seus pensamentos dispersos,
Não têm força para amá-los

Se o poeta rasga os versos
Não acreditou no que dizia
Ou eles são tão perversos
Que turvam a luz do dia

Se o poeta rasga os versos
Seus sonhos, ele viu morrer
Pois eles são o universo
De quem gosta de escrever

Se o poeta rasga os versos
Algo neles quis esconder,
Ou ele é ruim de converso
Ou como eu, perde o dizer

Se o poeta rasga os versos
Por certo já decaiu
E em funda tristeza imerso
Do que falava, mentiu

Se o poeta rasga os versos
Ao lusque fusque da aurora
Seu âmago está disperso
De sua musa inspiradora .

São Paulo, 21/09/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia


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A PRIMAVERA (replay)

A PRIMAVERA  (replay)

Ficam floridas as amendoeiras 
As árvores se cobrem com novas folhas 
A natureza recupera o esplendor 
Após dias tenebrosos de escuro inverno 
A vida se aquece, enfeita a natureza 
Engalanada no perfume da flor 

É a festa da perpetuação da vida 
Renovação que os olhares procuram 
Na alegria do renascer das flores 
No gorjeio que o júbilo convida 
Os casais de passarinhos, que se arrulham 
Exprimindo com doçura seus amores 

A primavera é a estação do amor 
Quando desabrocham os brincos de princesa, 
Os agapantos, lírios e as margaridas, 
As hortênsias, e as violetas multicor 
O jasmim, e a dama da noite, com certeza, 
Perfumará as flores mais coloridas 

Os jardins de azaléias, e gardênias 
Gérberas, ciclones e prímulas, 
Hibiscos, centáureas e amores perfeitos 
Florescidos, cercados de estefânias 
Com purpúreas flores pêndulas 
Sobre o jardim que se chama primavera ! 

São Paulo, 06/09/2006 
Armando A. C. Garcia 

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A Primavera – II

Vede como é bela a primavera florida
Árvores frutíferas, campos verdejantes
Vede como é belo, o primeiro amor da vida
Estampa-se a alegria, nos rostos radiantes

A primavera, vestiu sua túnica florescida
Para cobrir de graça a alegria esplendorosa
O nascer e o pôr do sol, a manhã garrida
Tornando a vida neste mundo cor de rosa

Houve-se o murmúrio das águas no riacho
Num arroubo prazeroso tudo em festa
Encanto, ostentação, luz e claridade

Na quietude mansa do prado e da floresta
As aves buscam acasalar com seus machos
Florescem as rosas, tudo é fertilidade !

Porangaba, 21/09/2012
Armando A. C. Garcia


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A força do nada ...

A força do nada ...

Da força do nada
O encanto da vida
Flor decepada
Na areia perdida

Confronto, retoque
Detalhe projetado
Status, enfoque
Caminho apertado

O peso da vida
Na selva de pedra
Ninguém o duvida 
O oásis não medra

O trevo da sorte
Sinal de esperança
Na vida ou na morte
O Ser não descansa

Estrada espraiada
Estrela da vida
Prenúncio do nada
Na vida sofrida !

Salvador-BA- 18/09/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O Legado do Pai!


O Legado do Pai !

Sentei-me neste banquinho
Esperando por vocês
Cada qual por seu caminho
Não chega nenhum dos três

Nem Paulo, nem Eduardo,
E nem mesmo o Francisco
Vêm visitar este fardo
Que já, do fim está *prisco

O tempo passa e não chega
Nenhum dos filhos queridos
Cada um em si carrega
Dois pesos descomedidos

O dinheiro e a ambição
Tomam conta de suas vidas
Nunca lhes faltou o pão
Pra essa corrida enlouquecida

Eu, contínuo esperando
Já no limite da vida
Vocês ficam tateando
Na loucura ensandecida

Perderam de vez a razão
Esquecendo de vosso pai
Um velho e fraco ancião
Que neste banco se esvai

Foi muito amor e carinho
Que na infância vos deu
Três doutores. Esse o caminho,
Que para vós escolheu.

Hoje, aqui abandonado
Sentado espero a morte
Como já não sou lembrado
Vos desejo melhor sorte !

E neste breve legado
Vos deixo meu sentimento
Deste pobre desprezado
Relegado ao esquecimento

A morte já bate à porta
Despeço-me de vocês,
A caligrafia está torta,
Tal como a vida dos três.

Salvador, 16/09/2014  (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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*antigo; vetusto

sábado, 6 de setembro de 2014

Murmura a cachoeira

Murmura a cachoeira


Murmura a cachoeira
Ao som das águas em queda
Do alto da cabeceira,
Em sinfonia se enreda

Cobre-se o horizonte
Co’a bruma da cachoeira
E o arvoredo defronte,
A absorve inteira

É linda e estimulante
A queda d’água pura
Espetáculo exuberante
Emanando paz e ternura

É de singular beleza
Contemplar sua caída
Encanto da natureza
Apoteose da vida

Que nossas almas invade
Com delicada candura
Perde-se a ansiedade
Ante a paz serena e pura

Quietude gratificante
A beleza do lugar
Paz serena dominante
É Deus, a abençoar !

Porangaba, 07/09/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Amor que o vento levou ...

Amor que o vento levou ...


Não tem nada que amenize
O amor que o vento levou
É uma constante crise
Que nem o fogo queimou

Só quem perdeu um amor
Pode então avaliar
A imensidão dessa dor
Que não para de abalar

Oh! Que destino malvado
A vida nos apresenta
Carpir a dor deste fado
Nenhum cristão agüenta

É ferida que não cicatriza
A perdição de um amor
É chaga que martiriza
De manhã, ao sol se pôr !

Esta cruz de expiação
Deixa a alma descontente
E o pobre do coração
A carrega, tristemente

Soluça a ilusão perdida
Negro e profundo pesar
A felicidade é interrompida
Dando lugar ao penar

Vão-se sonhos e esperança
Nas asas da desventura
Porém a alma não cansa
De pensar na criatura

É um laço que manieta
Ao que o fogo não queimou
É a ilusão completa
Do nada, que lhe sobrou !

Essas cinzas que restaram
São escombros do passado
São saudades que ficaram
De um sonho sepultado !

São Paulo, 04/09/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Síntese da história secular de Miranda do Douro



Síntese da história secular de

Miranda do Douro




Os encantos de minha terra, cantei em verso

Antes de vê-la, pelos atrativos modificada

Miranda do Douro, minha cidade-berço

Ao ver-te, minha alma, ficou emocionada



Na parte mais antiga e histórica

Guardas relíquias de inestimável apreço

Tua Sé, faz inveja pela sumptuosidade

As muralhas, mostram nobreza, teu adereço



Vou contar-vos um pouco de sua história

Na reconquista cristã, da península Ibérica

Em oitocentos e cinquenta e sete, tropas com glória

Do rei Afonso d’Astúrias chegam ao Douro



No ano de mil e noventa e três, os limites

Orientais de Galiza, já incluíam Miranda,

Cujo condado portucalense, acredite

Era governado sucessivamente na ciranda



Pelo conde Dom Henrique, a condessa Teresa,

E o filho do casal, Dom Afonso Henriques.

À época Miranda, tinha castelo, como defesa

Para protegê-la contra todos os despiques



Assim, ante a tomada do condado Portucal

Por Dom Afonso Henriques ao reino de Leão

A quem deviam vassalagem. Pôs um ponto final

Reafirmou-se independente, proclamou-se Rei



Para manter os limites com o reino de Leão

E, pra que a localização estratégica, não mele

Mandou restaurar o castelo, face à *abjunção

Dos Reinos de Leão e de Castela, contra ele


Continuo falando, de sua importância secular

Em mil, duzentos e oitenta e seis, Dom Dinis

Elevou-a à categoria de Vila para aumentar

Ainda mais os privilégios, e assim o quis,



Na condição de nunca sair da coroa Portuguesa

Tornando-a, assim, a mais progressiva vila

E importante de Trás os Montes, na defesa

Porque o jovem país, independente, inda vacila.



Após, já sob o reinado de Dom Manuel I,

A vila, em razão da paz com os castelhanos,

Teve grande prosperidade, saiu do rotineiro

Tornando-se um grande centro entre irmanos.



Em maio de mil quinhentos e quarenta e cinco,

Por bula do papa, passou a ser a primeira diocese

De Trás-os-Montes. E aos dez de julho, com afinco

É elevada à categoria de cidade por Dom João III.



Ocasião em que Miranda passou a ser a Capital

De Trás-os-Montes, com sede e residência de bispado

Autoridades militares e civis, com adicional

Do séquito necessário acompanhado.



Após, no ano de mil, seiscentos e quarenta

Teve início a guerra da restauração

Cuja luta, seis anos após, se pacienta,

E é libertada do cerco imposto na ação,



Liderada pelo Governador da Província.

Na guerra da sucessão Espanhola

A guarnição foi aprisionada não por **acracia

Aos oito de julho de mil setecentos e dez



Quando o sargento-mor, por seiscentos dobrões

Perpetrou a traição de entregá-la aos espanhóis.

No ano seguinte, as tropas do conde de Atalaia

Recuperam a cidade e os aprisionam depois 


Mais tarde, no contexto da guerra dos sete anos

Novo cerco imposto a Miranda por tropas espanholas

Mil e quinhentas arrobas de pólvora causaram danos

De nada valendo a denodada resistência, nem a bitola



Das muralhas do seu castelo, que em parte ruiu

Em razão da tremenda explosão que o devastou

Embora nunca tenha sido apontado quem traiu

Os historiadores falam no Governador Militar



Na catástrofe pereceram quatrocentas pessoas

Levando a cidade à quase ruína demográfica

No ano seguinte, recuperada, voltou às boas

Assinando a paz em mil setecentos e sessenta e três



Assim, face ao lamentável fato acontecido

Decorridos dois anos; o vigésimo terceiro bispo

Abandona a cidade, trocando-a por Bragança

Deixando Miranda, na situação do Cristo !



Meio século mais tarde, na Guerra Peninsular

Miranda mais uma vez estaria de prontidão

Alvo das tropas napoleônicas a avançar

O que lhe causaria mais uma agravação.



Somente, no século vinte, a cidade voltaria

A retomar a pujança, alento, viço e vigor

Com a construção das barragens, ***acéquias

De Picote e Miranda, a cidade, é um primor.



Se um dia perdido, sem caminho quiser

Belezas mil, ver, apreciar e desfrutar

Vai a Miranda, e seus encantos confere

E seu centro histórico, poderás admirar



A cidade que viveu momentos apoteóticos

Sofreu duros revezes em seu destino

Na antiga entrada, um arco em forma gótica

Circundada por dois torreões, formam o trino


Hoje, é feliz, como quem por lá passeia

Sua gente tem muito orgulho e altivez

Seja a residente da cidade, ou da aldeia

Mormente, por ser um cidadão Mirandês !



                                               *separação

                                               ** ausência de governo

                                               ***represa de águas



São Paulo, 03/09/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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