Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Imbróglios da vida !...

Imbróglios da vida !...

 

Traz sua alma consumida

Entre as sombras da saudade,

Lembrança... está dividida

Entre o querer, e não o ter

 

O que significa que na gente,

Há desejos insatisfeitos...

Mas a alma, nunca mente

Aos anseios, e preceitos.

 

Passa o tempo que passar

O desejo ambicionado,

Punge-se ao recordar,          

Não ter sido almejado.

 

E nesse imbróglio da vida,

Desejo inconcluído...

Sente a alma arrependida,

Por do sonho, ter sofrido !

 

26/09/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Insensatos !...

Insensatos !...

 

Se a usura predomina

Dentro do teu coração,

Poderá levar-te à ruína

E ser a tua perdição.

 

Não digo bens materiais,

Mas o ouro que amealhas,

Olvidas dons espirituais,

Nas intrincadas batalhas.

 

Alma avara, tacanha

Alma, mui imprevidente,

Que no ouro, se emaranha

Face ao brilho refulgente...

 

A ambição é desventura

Vesanos, são gente asnal,

Perdem a paz e a ventura

Nessa usura tão brutal .

 

Em sua vida dissoluta

Só o ouro, tinha valor,

E perdem-se nessa luta...

Sem saber o que é amor !

 

25/09/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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Calamitoso !

Calamitoso !

  

Pensamento estiolado

Sem caráter ou formação,

És a sombra do passado

A cerviz, vergas ao chão

 

Alma d’anseios lacrimosos

Na tua matéria langue,

Não escutes clangores tediosos

Que arrastam teu corpo exangue

 

Discrepância incoercível

Mal sentes a decadência,

Curar o mal, é suscetível

Com a sutil pertinência.

 

Escrófulas te aguilhoam

Na alma e no coração,

E tua mente povoam

Criando enorme ilusão...

 

Se a morte vier a teus braços

Inativo, a irás desejar,

Tão grandes os embaraços

Que te deixarás cativar...

 

25/09/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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domingo, 24 de setembro de 2023

Tua Ausência

Tua Ausência

 

No mausoléu da consciência

Em que o espírito é verdade,

Abraçaste a pestilência

Deixando-me na saudade...

 

Na ilusão e fantasia...

Justificaste a consciência,

E nessa infiel biografia

Escreveste tua ausência !

 

Deixando-me n’alucinação

Do encantamento e fascínio,

Na própria obra, sem senso

Prevendo meu vaticínio.

 

Nesse prognóstico funesto

Antecipaste a ocorrência,

E nesse impudor desonesto

Decretaste minha ausência.

 

Ausência do promissor,

Compromisso de namoro

Foste de bom ao pior,

Qual alma, sem o decoro.

 

Na simbólica imaginação

Perdeste o teu caráter,

De moral e retidão.

Quatro dracmas, é um estatér

 

Nele, alicerçaste teu valor,

Meu amor, e minha estima

Perdeu o encanto, e a cor.

Hoje, um fato sem clima !

 

24/09/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

  

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No mausoleú da ignorância...

No mausoleú da ignorância...

 

Se tens paz, sabedoria

Dentro do teu coração,

Roga a Deus com alegria

Por seres feliz, meu irmão

 

Nem sempre muito dinheiro

É motivo de alegria,

Chega a usura e o parceiro

Vive dias de amargura

 

A felicidade é condão

De quem tem paz e alegria,

E carrega em seu coração

O Deus e a Virgem Maria

 

O homem busca sem razão

O ouro em abundância,

Não escuta a voz da razão

Vive nessa discrepância...

 

No mausoleú da ignorância

Esconde afetos e sorrisos,

E nessa circunstância

Seus passos, são indecisos

 

Do revanche, ao revanchismo,

Uma vida sem caridade.

É o puro narcisismo,

O orgulho, e a vaidade !

 

23/09/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Triste Injustiça !...

Triste Injustiça !...

 

Triste, é saber que um bem te foi tirado

E impotente à força bruta da justiça

Ficar de mãos e pés preso a um julgado

Que deixou a fiel razão fora da liça

 

Ouço o choro dos tijolos  na minha ausência

Escuto o ranger das madeiras em aflição

As portas silenciam e pedem clemência

Os pisos de dor repelem a intrujão

 

Em suma a energia sente-se abandonada

Foram vinte e quatro anos de convivência

Que ora, uma sentença mal elaborada

Deu posse ao Bradesco, pura inclemência

 

Parece estar na miséria o bilionário

E a casa que construí, a duras penas

Vai tirar da desdita, o argentário ?

E eu, vejo a praia, na tela dos cinemas

 

Em agosto de mil novecentos e oitenta e oito

Comprei, paguei e registrei um terreno

Que da quadra sete, era o Lote dezoito

Aterrei o buraco, que não era pequeno

 

Em seguida, com dinheiro escasso

Comecei a construção que aos poucos

Foi tomando forma de cada espaço

Que o visionário Bradesco, como louco

 

À distância na surdina acompanhou

Sem falar ad querela que sobre o mesmo

Em São Caetano, o tal lote penhorou

De Oscar Leite e seu filho, este a esmo.


Pois sua mulher, tal penhora ignorou

Mesmo assim, a cega justiça que nada vê

Que cometeu absurdos e os calou

Praceou o Lote, quando Casa, já era.

 

E o Bradesco sorrateiro se aproveitou

Sem qualquer conhecimento ao lesado.

Que de boa-fé, referido lote comprou.

Se inscrita a penhora, não o teria comprado

 

Em São Paulo, residiam os vendedores

Nada Consta, nas Certidões tiradas

As Certidões do Guarujá os mesmos teores

No Cartório, nada a impedir a assentada

 

Três anos depois, a averbação cancelada

Sem qualquer notificação a respeito

O procedimento parece marmelada

Ou então no mínimo, falta de respeito

 

No processo de reintegração de posse

Anexou fotos do início da construção

Quedou-se silente, como se dele não fosse

A irregular penhora que tinha em mão.

 

Só depois de onze anos, quando a leilão

Meu imóvel estava sendo praceado

Tomei conhecimento pelo folhetão

Do leiloeiro que haviam contratado

 

Árdua luta nos Tribunais, ao final

Minha posse legítima foi reconhecida

Mas, face ao registro, em nome desse tal

Atreveu-se o Bradesco, noutra investida

 

O Juiz, deu-lhe tutela antecipada

Sem caução das benfeitorias realizadas

Duzentos e quarenta e quatro metros quadrados

De sólida construção, com ótimas escadas

 

Diz na suma da sentença, que o fez

Porque eu não tinha dela a posse direta

Porque digo, residir em São Paulo de vez

Essa, foi mais do que uma indireta

 

Pedidos formulados alternativamente

Retenção por benfeitorias e usucapião

Foram Julgados alternativamente

Sem o mínimo de respeito à ação

 

E assim, se foi minha casa, na injustiça

Se o Tribunal vier a acolher a apelação

Poderá ser tarde demais, toda esta liça

O Banco poderá vende-la, não houve caução

 

Pelas benfeitorias, à integral construção

E sem retenção, que é preceito legal

Do artigo mil duzentos e dezenove

Deveria ao menos impor-lhe a caução

 

Não me desespero com atrozes circunstâncias

Nem temo, o duro golpe do apreciado

Acre fruto da imperita ignorância

Que assola e destrói na nação por todo lado

 

Minguados trocados virão à minha mão

Esta é a justiça, sem complementação

Socorre quem não precisa de boa ação

E deixa o pobre na puta da ilusão !

 

19/08/2012  (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 Nota: É força convir que em 1988, não existia internet. Então, na hora de efetuar qualquer compra eram tiradas certidões da Comarca onde os vendedores residiam e da Comarca onde se situava o imóvel. Nada constando, o Cartório lavrava a competente Escritura definitiva, o que sói acontecer.

Quer dizer que, se alguém tinha uma penhora de imóvel fora da Comarca da residência dos vendedores, teria de registrá-la. Pois, impossível tirar certidões em todo o país.

Valendo notar que na penhora, teriam de ser citados o vendedor e sua esposa o que não ocorreu, tendo sido citados o vendedor Oscar Leite e seu filho René Leite, quando para ser válida a Penhora deveria ter sido efetuada com a assinatura do vendedor Oscar Leite e de sua esposa Iris Leite, o que, como se disse incorreu.

Entretanto, a mesma não foi invalidada.

Esta é a nossa Justiça.

Em resumo, foram trinta e três anos de brava luta, finalmente ganhei a causa e o imóvel novamente foi Registrado em meu nome.

JURIS ET DE JURE

PAUPER IUSTITIA

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domingo, 17 de setembro de 2023

No teu amor sem igual !...

No teu amor, sem igual !...

 

No teu amor, sem igual...

Nascido em Portugal;

Quanto eu me enganei !

Eu morri. Me levantei...

 

E a vida inteira sofri

Por estar longe, sem ti

Minha alma, sem amor

Sentiu a imensa dor

 

De nossa separação

Fragmentou meu coração...

E o amor, sem abrandar,

Isso, não posso negar !

 

Passam anos, passam dias

Face às tuas heresias

Eis-me aqui, inda sofrendo

De te amar, não me arrependo

 

Fizeste de mim remendo,

Teu amor foi decrescendo

A este trapo sem valor,

Que acreditou, no teu amor

 

Mas inda hoje, és a flor,

Que cultua teu odor,

Nos pequenos fragmentos,

Das angústias de teu amor !


Mesmo tendo outros amores

Nunca foram superiores,

Nem invalidam o teu

Que por ti, tanto sofreu...


17/09/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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Sertão Nordestino !...

Sertão Nordestino !...

 

Neste Sertão Nordestino,

Sofre o velho e o menino

Água pouca, ou quase nada

Só falta levar paulada

 

Escravo ou escravidão

Deste árido do Sertão

Não tem fruta, nem tem pão

Nem trabalho, nem patrão

 

Aqui a vida, é solidão

De fome e inanição

Falta luz e água boa

O descaso nos magoa

 

Sem poços artesianos

Vivemos como ciganos

Ou quem sabe até pior

Nossa grana, um gestor

 

A mandou pro estrangeiro

Nós ficamos sem dinheiro

E os reais devedores

Nunca eles terão valores

 

Pra pagar ou devolver

E o povo aqui a sofrer

Neste Sertão Nordestino

Onde o sol está sempre a pino

 

É questão de anomalia

Quem sabe de simpatia

Por povos de ideologia

Filosófica marxista

 

Nos deixam pra pagamento

Sempre fora de argumento

O dinheiro não tem volta

E o povo não se revolta

 

Fica quieto ao sofrimento

Se preciso em cumprimento

De novo volta a votar

No que deixou de amparar

 

E nossa grana emprestou

Sem ao menos se lembrar

Deste Sertão Nordestino

Tão sofrido do destino !

 

17/09/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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Porque a tua alma existe !...

Porque a tua alma existe !...

 

Se pra Deus tudo existe,

Poque a tua alma triste

- E é triste o teu viver...

Criança, vi-te nascer

 

Na imensidão, tudo passa

Deixa tua alma em graça

E alegra teu viver

Dá mais amor, ao teu Ser.

 

Pra que um dia ao morrer

Leves contigo o prazer,

De viveres, nesta vida

Que tu, a julgas perdia.

 

Tua vida, é triste e boa

A alma, se aperfeiçoa

Não há razão pra tristeza

Mas para imensa destreza,

 

Para Deus, tudo é perfeito

Desde o labor, ao teu leito,

A vida é um triângulo

Em cada lado, um ângulo,

 

Na existência, é igual

Passar bem, ou passar mal

É destino, do passado

Não de agora, esse pecado

 

Doutras vidas, que tiveste

Por certo, já esqueceste,

E do nascimento à morte

Elas apontam teu norte !


17/09/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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Divórcio, eis o que é:

Divórcio, eis o que é:

 

A quebra de um elo, entre homem e a mulher

Gera o afastamento, que aos anos os unia,

A divisão de sentimento e da matéria.

Esquecendo os filhos, do Divino dever

De manterem um lar, de amor e alegria.

Comportamento, abjeto de pilhéria

 

Sempre que um, ou ambos se afastam de Deus

Atitudes semelhantes acabam ocorrendo

O dever de criar a prole, em atos racionais

Em inconsequentes e imprudentes véus...

Os leva à separação, deixado os filhos sofrendo

Agindo pior, que qualquer dos animais !

 

Insatisfeitos com aquilo que possuem

Geralmente, acabam trocando o bom, pelo pior

E muitas das vezes depois se arrependem.

O comportamento e erro os destituem

De serem pai ou mãe, zelosos que nutrem amor,

Pela prole, que geraram, sem os deveres principais !

 

14/09/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia 

 

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