Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Versos de fraca rima

Versos de fraca rima


Meus versos de fraca rima
Têm pouca métrica, também
Encontrei-os na esquina
E eu, os fiz de refém.

Onde se encaminhava a musa,
Que os carregava, não sei
- Ela passava apressada
Quando os versos lhe tomei

São versos de pouco valor
E sem erudição alguma
Não falam de vida ou amor
Nem falam coisa nenhuma

São versos atrofiados
Tal como meu pensamento
Muito mal elaborados,
Neste melhor julgamento

Mostram de maneira clara
O pequeno vate que sou,
Avaliar-se é coisa rara
Quando estrela nem chegou.

E por falar em estrela,

Era uma vez uma estrela
Que a luz a Deus declinou
E para castigo dela,
Nunca, nunca, mais brilhou !

No pobre jeito de falar
Discorri de assuntos mil
Falei desde o verbo amar
Aos problemas do Brasil

Que não param de assuntar
No oblíquo e desigual,
Dissimulado patamar
Do âmbito do social

Vejam que os Deputados
Insatisfeitos... coitados !
Definem mais uns trocados
Em prol dos vôos desejados

Para a esposa viajar
Ou vice versa, também
Mas se um deles não for par
Pro que viaja, amém  !

Dei vazão à inspiração
E um tanto dissimulado
Não provoquei emoção
A quem leu o meu recado

Meus versos de fraca rima
Nem sei porque elaborei
Se não for pela estima,
Porque eu... vos publiquei !

São Paulo, 26/02/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Abandonado !

Abandonado !


Meu coração só tem lágrimas
Que vertem sem fluir
Tantas foram as manhãs
Sem olhar o teu sorrir

Diante de minha tristeza
Ao abandono esquecido
Nem tu, tiveste a nobreza,
De salvar este perdido.

Nos soluços, consumido
Pelo infortúnio no amor
Meu coração dolorido
Fenece do dissabor

Chora o passado e o presente
Dia e noite, noite e dia
De teu amor estar ausente
São suspiros de agonia !

De que vale o sofrimento
Se nada tem que iguale,
Aninhar meu pensamento
À quentura do teu xale !

São Paulo, 23/02/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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domingo, 15 de fevereiro de 2015

Tomba um corpo inerte






Tomba um corpo inerte


Tomba um corpo inerte aos vinte e três anos
Quando em ilhas de sonho flutua a vida
Última réstia de sol com seus desenganos
É ceifada covardemente por homicida.

Tinha acabado de se formar biomédico
A arte que procura a cura dos seres vivos
Engenho essencial para que o médico
Alcance com primazia seus objetivos

Quando covardemente surgiu em sua ilha
Um meliante incivilmente despreparado
Cometendo um latrocínio nefasto na ilha
Do sonho, que o rapaz havia delineado,

Aquela tragédia, enlutou pra vida inteira
A família e em especial a sua mãe
Sua consternação é pura e verdadeira
O amor de mãe, é o maior que o mundo tem.

E a lei, que deveria punir severamente
Logo ao assassino, concede benesses
E assim... nos enganam deslavadamente
Fingindo punição, como se culpa não houvesse !

Porangaba, 15-02-2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia


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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Triste melancolia

Triste melancolia


Essa tal de melancolia
Que se apodera da gente
Aumenta dia a pós dia
Como uma força imanente.

O sentimento de tristeza
Acompanha nossa vida
É, a vilã certamente
Desta dor descomedida

Nostálgica melancolia
Da lembrança do passado
Despojando da alegria
Sem razão, o nosso fado

Felicidade é incerteza,
A esperança, o é também
Viver nesta correnteza
É como filho, sem mãe.

Sem prazer, sem alegria
Num mundo de dissabores
Sem sensações de harmonia,
De afeições e amores

Nossa alma está vazia,
Tal como o coração
Só uma lágrima escorria
De toda esta concisão

Vai-se apoucando a vontade
De viver só esperando
Que na vida, a tempestade,
Deixe a nau navegando !

As mutações em seu cerne
Penetram a alma da gente,
Nesta vida, é como o verme
Corrói-nos, e ninguém sente !

São Paulo, 11-02-2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Possível ou impossível


Possível ou impossível


Esquecer-te quase impossível
Mas, foi possível perder-te
Farei daquele o possível
Pela vontade de ter-te

Poderá, ainda o impossível
Vir um dia a ser possível
Tudo isso, é admissível
Se à tona vier o plausível

O que ontem era impossível
E nem possível foi outrora
Hoje, poderá ser possível
Face à mente criadora

Como exemplo o avião
E o homem à lua subindo
Impossível crer então
Num possível advindo

A imaginação criadora
É capaz de construir                        
Do impossível de outrora
Ao possível desta hora !

Nada será impossível
Se a mente não se apequena
Porque após a tempestade
Até o mar ... se serena !

São Paulo, 10-02-2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia 

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Relíquias !

Relíquias !


Relíquia do meu coração
Outro, que por mim já pulsou
Nestes versos de paixão
Relembro o amor que passou

Tu, que me deste emoção
E à vida o sentimento
Nas nuvens da redenção
Em cada feliz momento

De amor, sonho e ilusão
Teu encanto me vestia
Hoje, refém da escravidão
Do sonho que me iludia

Dos febris encantamentos
Desfeitos, transfigurados
Tristes são os meus lamentos
Quimeras dos velhos fados

São relíquias do passado
Na sombra duma saudade
De quando estava a teu lado
Almejando a felicidade !


São Paulo, 09-02-2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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domingo, 8 de fevereiro de 2015

O cão, o velho e o menino



O cão, o velho e o menino





Eram três abandonados
Vivendo desamparados
Pelas ruas da cidade
Um velho, um menor de idade

E um cão; escorraçado
Nenhum dos três em seu fado
Foi abençoado, da sorte
Vez que jogados sem norte

Quis o destino, que um dia
Unissem sua estadia.
Se a semelhança tem vez
O mesmo sonho é dos três

Terem um pedaço de pão
Sempre a cada refeição,
E em cada dia que passa
Nessa tamanha desgraça

O velho, um pobre ancião
Já foi alguém, hoje não
A família o abandonou
Quando o dinheiro acabou

O menino igualmente
Mesmo sendo inteligente
Sofreu a mesma maldade
Foi jogado sem piedade

Na rua da desventura
De sofrimento e agrura
Sem ao menos aprender
Na escola a saber ler

O velho por sua vez
Ensina-lhe português
Dá-lhe lições de moral
Para nunca fazer o mal

O cão, sem ser criatura
Sofreu da mesma agrura
Além de enxotado pra rua
Ainda lhe sentaram a pua

Unidos em comunhão
Da imposta *abjunção
Ao velho pela despesa
Ao jovem pela natureza

De gastar sem produzir.
Ao cão o mesmo carpir
Que o destino lhe impôs,
Diz o velho, tal qual nós

O menino foi crescendo
Nas lições foi aprendendo
A ser alguém nesta vida
A orientação foi seguida

O velho levou-o à escola
Sem uniforme ou sacola
Apenas um pedaço de pão
Para aprender a lição

Por ser aluno aplicado
Ao diretor foi chamado
Inteirou-se da situação
Mandou servir refeição

A ele, ao velho e ao cão
E pela sua educação
De ser aluno exemplar
Passou a escola abrigar

Estes três desamparados
Pelo destino agrupados
O menino estudioso
Na orientação do idoso

Foi galgando posição
Sempre a melhor lição
Era a sua com certeza
E não vos cause estranheza

Que um dia será doutor
Diplomado com louvor
Graças à boa conduta
Que o ancião não reluta

Nas lições que sempre dá
E sem ele, ao deus-dará
Que seria deste menino
Sem família e sem destino !

•       Separação

Porangaba, 08-02-2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia


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