Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

terça-feira, 25 de junho de 2013

Tapar o Sol com a peneira

Tapar o Sol com a peneira


Salvo o devido respeito, por melhor opinião.
A manifestação de dona Dilma, a presidente,
De plebiscito, pra alterar a constituição
Afasta-se daquilo que o povo quer e sente

Ao aventar por ampla reforma política
Tira do pensamento almejado a esperança
Do povo, qu’numa situação demasiado crítica
Clama por saúde, educação e segurança !

Qual estorvo, o aventado à circunstância
Assemelha-se a uma barreira à pretensão
Do clamor expressado com jactância
Nas ruas de todas às cidades desta nação

Clamou por justiça, saúde e educação
O grito de alerta deste povo Brasileiro,
Por Segurança e um fim à corrupção
Não foi de reforma política, mensageiro

A cidadania é direito de grande dimensão
Atualmente muito, muito mal representada
O povo saiu à rua desta grande nação
Para clamar pelo justo e o conforme à lei

Vez que seus representantes quedam-se inertes
Vendo o povo, sem as básicas necessidades
Sendo vilipendiado, dizimado até por pivetes
Nada lhes acontece, em razão de poucas idades

Gastam-se milhões em estádios de futebol
Há falta de escolas, de hospitais, de segurança
O povo cansado, saiu às ruas no semancol
Protestando e enfrentando a polícia à lança

Exigindo maiores rigores na apuração
Dos recursos públicos, face à malversação
Do descaminho, do peculato, e da inação
Em que parece adormecida a elite da nação .

Ouçam pois, senhores deputados e senadores
A voz do povo que clama por seus pétreos direitos
Não tolham, e nem bloqueiem seus clamores
Pois além das circunstâncias, são seus eleitores !

A insatisfação, gera dúvida, desconfiança
Mostrem a garra do futebol na chefia da nação
O povo clama, e a voz do povo é de esperança,
Esperança que se traduza em vossa compreensão

Que não fique no tinteiro, como ficou o mensalão
Que julgado pelo Supremo, a ele mesmo recorreu
O que significa que nem ele tem poder de decisão.
Que país é este, se tudo nele, parece que feneceu!

Porangaba, 25/06/2013
Armando A. C. Garcia

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O grito de Alerta !

O grito de Alerta !

A antítese no preço da passagem
Não foi somente ela, o estopim
O povo cansado da libertinagem
Saiu às ruas para pedir um fim

Um fim, à corrupção e ao crime
Ao que erra, mais rigor na punição,
Punição ao menor, que não o anime
Nem ao  roubo, nem à malversação

Nosso povo abomina tais abusos
Justaposição a tão vis afrontes
Que se antepõem aos costumes e usos
À moral, à paz, a novos horizontes

Aumento no preço do arroz e do pão
Do café, do açúcar e do feijão
Tudo aumenta e diz qu’não há inflação
O povo está cansado de submissão

De fronte às ironias e lacunas
Na guinada do ângulo obtuso
Qual a onda do mar frente às dunas
Em face ao descaso e ao abuso

Porquanto, logo após a eleição
Ignoram compromisso assumido.
Nas campanhas, beijam a tua mão
Depois, o nada é sempre repetido

O povo cansado deste marasmo
Extrema atonia, indiferença
Foi às ruas gritar contra o sarcasmo
Clamar em prol de sua independência.

Não serão tolas balas de borracha
Da nobre tropa de choque em ação
Nem o tropel dos cavalos no racha
Que irão calar o grito da nação !

Porangaba, 19/06/2013
Armando A. C. Garcia



terça-feira, 18 de junho de 2013

Convulsões Nacionais

Convulsões Nacionais

O povo está descontente, enfurecido
Vez que, tudo que lhe foi prometido
Foi-lhe negado pelo legislativo
Que só quer seu voto, seu voto ativo

Em turbas invadem toda nação
Alvoroço, tumulto, confusão
A depredação mostra o descontento
O parco salário, mal dá pro alimento  

Consecutivos aumentos de preços
Têm gerado descontento, desapreços
Nosso povo já está desiludido
De tanto discurso, nunca cumprido

Certamente os políticos se esquecem
Promessas, prometidas, esvaecem
Porque uma vez eleitos, são excelências
Nós, pra eles, meramente as excrescências

Soa o grito de espanto e desabafo
A nação se alvoroça, solta o sarrafo
A polícia intervém e mais se agita
O povo pelas ruas clama e grita

O governo faz ouvidos de mercador
Não quer de seu povo ouvir o clamor
Agigantam-se a cada dia passeatas
O povo quer passagem mais baratas

Quer menos corrupção, mais punição
Quer ver punido de verdade o mensalão
Menos gastos, melhoria e prevenção
Na saúde, segurança e educação

Porangaba, 18/06/2013
Armando A. C. Garcia


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Esperando o teu amor

Esperando o teu amor,


Esperando o teu amor,
Foram-se os dias de mim
Foi-se a força e o vigor
Tudo na vida por fim

Como a águia de rapina
Que voa na imensidão
É tão triste a sua sina,
Como o foi, sua ilusão

Voa alto o pensamento,
Com ele a imaginação
Tudo na vida é momento
Aproveite a ocasião

O tempo, não se duplica
Nem se guarda no vazio
Nem a soma se aplica
Ao que o perdeu, de vadio

Esperando o teu amor
O tempo me consumiu
Sou um corpo, sem valor
Nuvem que ninguém viu

Que a drástica incerteza
O tempo não perdoou
 Perdoa a rude franqueza
Ninguém, como eu te amou !

Porangaba, 12/06/2013
Armando A. C. Garcia

terça-feira, 11 de junho de 2013

Noite de São João

Noite de São João

Da forma mais popular
A Santo António pedi
Pra não me deixar ficar
Mais um São João sem ti.

Pra na noite de São João
Irmos pular as fogueiras
Milho assado e quentão
Arraial de mil bandeiras

Pamonha, curau, canjica
Bolo de milho e de fubá
Pé de moleque, muita música
Paçoquinha e munguzá  

Alegria, o que é preciso
Na noite de São João
Não pode ficar indeciso
Pra manter a tradição

Aproveitando o ensejo
Na noite de São João
Quero dar-te um grande beijo
Que chegue ao teu coração

A quem quero, tanto bem
Dona de suave encanto
Beleza que ninguém tem
A mulher que amo tanto

Abra as portas São João
Nesta noite de folia
Pula à toa o coração
Tudo enfim é alegria

É alma cheia de vida
Fogos nos céus a brilhar
São João, noite querida
Convite pra namorar !!!

Porangaba, 11/06/2013
Armando A. C. Garcia



segunda-feira, 10 de junho de 2013

O poeta

O poeta


O poeta, não tira poesias da cartola
As tira do pensamento, da reflexão,
Da fantasia, sonho, imaginação
E sempre o poeta as tira da cachola

Que a perene e imortal, musa Érato
Com sua inesgotável inspiração
Ajude a construir repleto de emoção
A tela que a seu ver, é fiel retrato !

Porangaba, 10/06/2013 (Dia de Camões)
Armando A. C. Garcia

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Volta Amor...



Volta amor ...





Volta amor aos braços meus

Partiste, sem um adeus

Nas fantasias dum desejo

Decretas-te o meu despejo



Teus beijos foram pra mim

A alquimia, o início e fim

Vem derramar tua candura

Abraçar-me com ternura



Vem amor, o dia é curto

Meu refúgio é teu *surto

Densas saudades amor

Bruma instalada é dor



Quem te chama, não desiste

Desde o dia que partiste ,

Partiste o meu coração

Sem desfrutar tua mão



Tua ausência foi tensão

Intenso desejo, ambição

Loucura de amor espúrio

D‘alguém que presta perjúrio



Vestiste a jura de sombras

E ornaste com **alfombras

As vontades e destinos

De sonhos tão libertinos



Não sei porque presumo

Do capítulo tal resumo

Volta aos meus braços amor

Teu beijo é um esplendor



Não desprezes outra chance

Talvez um dia me canse

O triste anseio em mim morra

E sem querer, tire a desforra !



                                                                                              *ambição,cobiça

                                                                                              **tapete espesso

São Paulo, 03/06/2013

Armando A. C. Garcia



sábado, 1 de junho de 2013

Sumptuosidade da vida

Sumptuosidade da vida


Inegável a sumptuosidade da vida
Ela manifesta-se em toda a natureza
Do canto da ave, ao murmúrio do rio
A vida transborda neste mundo sadio
Em tudo, nós vemos imensa grandeza
E tem a mão de Deus a dar-nos guarida

Das cascatas sutis, aos rios frondosos
A infindável beleza das matas e selvas
Do brilho da lua, aos raios do sol
Do cair do dia, ao novo arrebol
E do azul dos céus, ao verde das relvas
D’ invernos rigorosos a verões luminosos

Tudo isto é vida, neste imenso jardim
Da simples crisálida surge a borboleta
Há em tudo um enigma e a força de Deus
Da imensidão do mar à vastidão dos céus  
Que entre céu e terra existe no planeta
Do poderoso elefante ao pequeno pingüim

A poderosa mão do Divino Criador
Dá-nos acima de tudo, perspectiva 
A esperança consoladora na aflição
A fé, a confiança de vencer, a ação
Liberdade de escolher uma nova vida
Sempre presente. Dá-nos pão e amor !

Porangaba, 01/06/2013
Armando A. C. Garcia


Puro fingimento

Puro fingimento


Somos puro fingimento
Fingimos o julgamento
Fingimos a punição
Assim prendemos ladrão

Vai hoje para a cadeia
Dela, ele já não receia ...
Sabe que quem o prendeu
Vai soltá-lo sem escarcéu

Dia das mães ou dos pais
De Natal e dos *haicais
Tudo é motivo de sobra
Pra dar liberdade à cobra

Esta saí, não volta mais
Fica escrito nos anais
Se acaso um dia voltar
Sua pena irá pagar !...

Entretanto a tal da pena
É pena que não tem pena
Porque não tem que penar
E se o cabra a puxar

Diminui pelo atalho 
A cada dia de trabalho
Permuta três de prisão
É trabalho de ladrão

Tem de ser dignificado.
Cá fora, é outro mercado
Tem salário espremido
Sendo ainda reduzido

Tributo previdenciário
Imposto de renda originário
No trabalho.Isso é legal ?
Pra ladrão, não tem Fiscal !

Pra quem derrama suor
Cumprindo o seu labor
São tantos os pagamentos
Pra eles não há fingimentos

O infeliz tem de pagar
Custe o quanto custar
Pra tal não tem argumento
Reforçar o orçamento

O qual, energúmenos
Desperdiçam de somenos
Em gastança esbanjatória
Que nos anais da história

Nunca apurado o fica
Ladrão, que nem cobra pica !
Nosso governo a acoitar
Pra mais poder roubar

Tem ladrão em toda esfera
Já os vimos na justiça
Na Câmera e no Senado
Tem ladrão por todo lado

Energúmenos somos nós
Pagamos, não temos voz
Pra por fim a bandalheira
Parece até brincadeira

Chego a pensar em verdade
Talvez a deslealdade
Seja a melhor solução
Já que sem fim, corrupção!

*Pequeno poema japonês, de forma fixa, constituído por dezessete sílabas distribuídas em três versos (5-7-5), sem rima.

Porangaba, 01/06/2013
Armando A. C. Garcia