Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sábado, 1 de junho de 2013

Puro fingimento

Puro fingimento


Somos puro fingimento
Fingimos o julgamento
Fingimos a punição
Assim prendemos ladrão

Vai hoje para a cadeia
Dela, ele já não receia ...
Sabe que quem o prendeu
Vai soltá-lo sem escarcéu

Dia das mães ou dos pais
De Natal e dos *haicais
Tudo é motivo de sobra
Pra dar liberdade à cobra

Esta saí, não volta mais
Fica escrito nos anais
Se acaso um dia voltar
Sua pena irá pagar !...

Entretanto a tal da pena
É pena que não tem pena
Porque não tem que penar
E se o cabra a puxar

Diminui pelo atalho 
A cada dia de trabalho
Permuta três de prisão
É trabalho de ladrão

Tem de ser dignificado.
Cá fora, é outro mercado
Tem salário espremido
Sendo ainda reduzido

Tributo previdenciário
Imposto de renda originário
No trabalho.Isso é legal ?
Pra ladrão, não tem Fiscal !

Pra quem derrama suor
Cumprindo o seu labor
São tantos os pagamentos
Pra eles não há fingimentos

O infeliz tem de pagar
Custe o quanto custar
Pra tal não tem argumento
Reforçar o orçamento

O qual, energúmenos
Desperdiçam de somenos
Em gastança esbanjatória
Que nos anais da história

Nunca apurado o fica
Ladrão, que nem cobra pica !
Nosso governo a acoitar
Pra mais poder roubar

Tem ladrão em toda esfera
Já os vimos na justiça
Na Câmera e no Senado
Tem ladrão por todo lado

Energúmenos somos nós
Pagamos, não temos voz
Pra por fim a bandalheira
Parece até brincadeira

Chego a pensar em verdade
Talvez a deslealdade
Seja a melhor solução
Já que sem fim, corrupção!

*Pequeno poema japonês, de forma fixa, constituído por dezessete sílabas distribuídas em três versos (5-7-5), sem rima.

Porangaba, 01/06/2013
Armando A. C. Garcia


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