Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Teus lábios melífluos !...

Teus lábios melífluos !...


Já os tênues raios de sol banham a praia
As aves coloridas buscam seu ninho
nas copas das árvores, antes que a noite caía
E eu, na imensidão da praia, sozinho

Agrada-me estar contigo, natureza
Entre os braços do silêncio o mar profundo
Tua singular candura, espelha beleza
Suave eflúvio da matéria deste mundo

Já nascem estrelas na abóboda celeste
Procuro o mar, a vista, já mal alcança
Procurei-te na praia, tu... não vieste,
Noite cerrada, cerrada a esperança

Teus lábios ¹melífluos aonde estarão
O sonho se desfez como a neve fria
Confesso o excesso de minha afeição
Que mal eu te fiz, para tanta ²inópia !

São Paulo, 12/10/2011
Armando A. C. Garcia

¹como mel
² indigência; penúria

Visite meus blogs:
http://brisadapoesia.blogspot.com
http://preludiodesonetos.blogspot.com
http://criancaspoesias.blogspot.com
 


Direitos autorais registrados
Mantenha a autoria do poema
 

domingo, 9 de outubro de 2011

Um fato verdadeiro

Um fato verdadeiro

A história que vou contar
É de um fato verdadeiro
Ocorreu comigo a andar
Na estrada, Rio de Janeiro


Naquele tempo, idos sessenta
Na altura, Vila Guilherme
Duas pistas, ao lado assentas
A cento e vinte, corria *inerme


Quando inesperadamente
Um caminhão se atravessou
Bem perto à minha frente
Vi-me morto... o que restou


Quando uma voz se materializou e disse:

-...Passa pro lado direito
“Quem sabe” o caminhão
Sobe as rodas da frente
E tu passa por trás.


Obedeci àquela ordem
Passei para o lado direito
Com os nervos em desordem
E o coração fora do peito


A trezentos metros fui parar
Desci do carro, me apalpei
Estava tudo no lugar
Mesmo assim não acreditei


Estar vivo, dela ...escapar
Cheguei no Anhangabaú
Fui o carro estacionar
Caminhava chururu 


Já eu, na rua direita
Sem acreditar estar vivo
Dei cutucada perfeita
Numa senhora, sem motivo


E, esta por educação
Sequer se manifestou
Voltei à mesma condição
Se vivo, ou morto, eu estou


Por um mês assim fiquei
Sem saber se estava vivo
Da vivência duvidei
Por tal fato e tal motivo!


Porangaba, 09/10/2011
Armando A. C. Garcia


*sem meios de defesa

Visite meus blogs:
http://brisadapoesia.blogspot.com
http://preludiodesonetos.blogspot.com
http://criancaspoesias.blogspot.com
 


Direitos autorais registrados
Mantenha a autoria do poema
 

sábado, 8 de outubro de 2011

Enquanto houver amizade ...

Enquanto houver amizade

Enquanto houver amizade
Há um fundo de verdade
Edificando no mundo
Um sentimento profundo

De paz, tolerância e amor
Fazendo a vida melhor
Sem violências sociais
No amor, somos iguais

Entendimento e harmonia
A amizade o irradia
O tempo passa, envelhece
A amizade permanece

É único cada amigo
Seja novo, seja antigo
Que devemos preservar
Defender e resguardar

Um amigo de verdade
É um irmão na mocidade
Já na idade madura
É um bálsamo, uma uva

Sempre pronto a ajudar
Nas aflições nos salvar
Enquanto houver amizade
Ninguém morre de saudade

A amizade é uma benção
É de Deus uma *elação
Quem tem amigos, tem tudo
Quem os não tem, é tal mudo

Um amigo de verdade,
Usa de sinceridade
De lealdade e **lhaneza
É um irmão, com certeza

Ponderai na imensidade
Quando triunfa a verdade
Amizade é uma ventura
E vive, após sepultura

Fato público e notório
Não morre no crematório
Nem de motivo terceiro
Se o afeto é verdadeiro

Um amigo de verdade
Eu tinha... Deus o levou
Hoje, ficou a saudade,
Tudo... que dele me restou

São Paulo, 07/10/2011
Armando A. C. Garcia

*sublimidade
**franqueza; lisura

Visite meus blogs:
http://brisadapoesia.blogspot.com
http://preludiodesonetos.blogspot.com
http://criancaspoesias.blogspot.com
 


Direitos autorais registrados
Mantenha a autoria do poema
 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Conversando com a natureza

Conversando com a natureza

Devemos conversar com a natureza
É dela que nossa vida provém
Irradia esplendor e singeleza
A natureza é a segunda mãe

Modera, abranda e serena a alma
Dá paz, concórdia e harmonia
Conversar com a natureza acalma
Pelo frescor que dela irradia

É a fonte de riqueza, que nos dá
O alimento, que chega à nossa mesa
A água límpida e pura, lá está
Borbotando, harmônica, coesa

Sua exuberante flora, é um jardim
Onde a sinfonia das aves a trinar
Regidas pela imensidão sem fim
Há milhões de anos ecoam pelo ar

Sem pedir nada em troca, tudo nos dá
Sê gentil, conversa com a natureza
Ela, que tudo gera, e um dia quiçá...
Recolhe-nos ao ventre, cheia de nobreza !

São Paulo, 03/10/2011
Armando A. C. Garcia

Visite meu Blog: http://brisadapoesia.blogspot.com