Correnteza em desalinho
Oh! Saudade ! Oh! Ansiedade
Na correnteza em desalinho.
Na pipa; provando o vinho
Oh! Lembrança da mocidade
Minha terra de ar puro e sol
Lembrei-me de ti, como mãe,
A terra onde gera, o é também
Terra, onde trina o rouxinol
O alecrim e rosmaninho
Nascem e crescem sozinhos
Oh! que saudades do caminho
Que levava às minhas vinhas
Quando subia nas muralhas
Sentia-me qual dono do mundo
E num sentimento profundo
Das ameias via a batalha
Batalha de sonhos perdidos
Neste mundo, pura ilusão
Meus sonhos foram preteridos
Deles, restou a dor da paixão
Quando batem as saudades
Não há defensivo possível
Há desejos, há densidades
A avolumar o inconcebível
Lembrei de ti, segunda mãe
Terra querida e venerada
Onde nasci, cresci também
Hoje, pela distância separada
Destino, ou vontade de Deus
De ti, fui pra sempre afastado
Espero que um dia lá dos céus
Eu possa estar mais a teu lado!
Quando digo que tu me intentas
A pensar em ti, tanto e quanto
Porque será que não me isentas
Desta saudade que eu pranto
?
Porangaba, 26/05/2013 (data da
criação)
Armando A. C. Garcia
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