Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Esperança !

Esperança !

 

Minha alma ainda sustenta a esperança

De voltar a ver aquele bem tão desejado

Nem que seja uma tormenta ou um pecado

Nela repousa minha última lembrança

 

Suspiros, lamentos, o preço do desejo

Paixão, emoção, fogo que dilacera

Desatinos de amor, sonho, quimera

Sentimentos que crescem de sobejo

 

A dor que sufoca o meu peito triste 

Só nela encontra alívio e consolo 

E se no sentimento o amor esmolo

É porque o amor no peito ainda persiste

 

Se morto na aparência, o mal condena

Penitência minha, desculpa extinta

Pois não resta do amor que eu não sinta

Na memória a razão de dor e pena

 

Resistência, pena cruel, tormento

Venenos de amor que o coração sorve

No silêncio repouso que absorve 

Saudade do perpétuo sentimento

 

Volúpias da paixão que absorve

Tangendo de manso o último lamento

O socorro, a aflição, ninguém procura

Porque falta à minha alma contentamento

 

E se a causa é eterno esquecimento

Quanto resta desta minha desventura

Não há tormentas que o amor não vença

Nem lágrimas de fel que amedronte

Quando é forte nada dobra a sua fronte

E perdoa esquecendo agruras e ofensa

 

Esquece dos espinhos e amargores

Dos prantos derramados soluçando

Mesmo com a alma tristonha e chorando

O coração suplanta todas as dores!

 

12/04/2003

Armando A. C. Garcia

 

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