Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sábado, 25 de fevereiro de 2023

O primor do crime

O primor do crime

 

Se “benesses” não bastassem

As já antes concedidas

Mandou que se libertassem

Os ladrões e as bandidas

 

Está faltando vergonha

Ética, civismo e brio

É no mínimo enfadonho

A dar na espinha arrepio

 

Uma inversão de valores

Neste país varonil

Só ladrões e infratores

Podem carregar fuzil

 

O povo esse coitado

Desarmado deve ficar

Fico triste e abismado

E custa-me acreditar

 

Que com tantos Senadores

Centenas de Deputados

Não haja enfim mais rigores

A apenar os condenados

 

Estão criando um universo

Oposto ao bem e à moral

Este caminho é inverso

Ao civismo nacional

 

Despertem da anacrônia*

O povo cansado está

É assaltado todo o dia

E segurança... não há

É dada tanta atenção

A quem comete um delito

Parecendo achincalhação

Á vítima. Ao cidadão .

 

- Sua paga, vejam só

O nosso governo lhe dá

Salário e meio, que dó !

- E a vítima... nada terá

 

No site da Previdência

Como Auxílio-reclusão

Paga mais, haja paciência

Que ao ilustre cidadão

 

É realmente um primor

Ser membro da instituição

O governo dá mais valor

Que ao suado cidadão

 

A confraria do crime

É instituição de vigor

Que ninguém mais se lastime

A Lei... está a seu favor !

 

Doze mil, quatrocentos e três

Famigerada lei retrocesso

Passa a libertar de vez

O bandido sem processo.

 * De : anacrônica

       

São Paulo, 08/07/2011 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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