Chamativo
Batem palmas de mansinho
Na soleira do portão
Fui olhar quem por mim chama
Com tamanha lentidão
Uma criança pequena
Pede um pedaço de pão
Faz dias que ela não come
Está sem cor e expressão
Acolhi a criatura
Mandei servir refeição
Fiz tudo para mitigar
Sua fome e aflição
Sua estória contou assim
No mundo não tem ninguém
Sua mãe chegou ao fim
E seu pai, ao fim também
SP 03/04/2004
Armando A. C. Garcia
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