A Minha Terra no Inverno
Caíam bolotas e folhas dos carvalhos
Dos carrascos e, também, das azinheiras.
As rubras azeitonas das oliveiras,
Batidas pelo vento, secas dos orvalhos.
Despencavam dos ouriços as castanhas.
Gemiam os zimbros, bramiam os lobos
Que, em dias de neve, desciam aos povos
Famintos. Abandonavam as montanhas.
A noite, numa escuridão sepulcral,
Entrecortada, pelos raios dos trovões.
Mostrava as copas das árvores, nos
clarões,
E, os penedos recortados vertical.
O musgo e a hera, trepando em rochas
quedas
E, os galhos secos das figueiras nuas,
Homens andando por veredas e ruas
De velhos muros, repletos de azedas.
Os campos desertos, arroteados
Onde, crescem os carvalhos e sobreiros,
As montanhas, as colinas e outeiros
Têm no sulco a rabiça dos arados.
São Paulo 18/05/1964 (data
da criação)
Armando A. C. Garcia
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