Ser Louco...
Ser
louco, oh! Quanta ventura ser louco
Em
certos momentos da vida, é pouco
Quando
a gente fica cismando a pensar
Num
amor que deixara de nos amar !
Louco,
eu queria ser para não sentir
A
dor que me dilacera, sem ferir
As
carnes posteriores de meu corpo
Mas
que arrasta meu coração ao torpo.
Ser
louco, não concentrar o pensamento
Tirar-me-ia
agora deste tormento
Sendo
louco, nunca mais eu lembraria
Que
aquele grande amor, já não me queria
Ser
louco, eu queria ser por toda vida,
Pois
que adianta não ser louco, e ver perdida !...
Toda
a felicidade com que sempre sonhei,
Maldita
seja a vida, em que despertei !
São Paulo, 07/04/1964 (data da criação)
Armando A. C.
Garcia
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