O Velhinho !
O sol! Sol abrasador
de meio dia
Caía em cheio no
caminho deserto,
Não havendo uma
sombra, ou um coberto
Onde descansar do
calor que fazia.
E, naquele sol
impiedoso, escaldante,
Caminhava a pouco
e pouco já cansado,
Apoiando-se a
muito custo no cajado
Aquele velho
andrajoso caminhante.
As borboletas são
as suas flores do espaço
E as plumagens
coloridas dos passarinhos,
São como seus
cantares, únicos carinhos
Que cheios de
ternura, o envolvem num abraço!
Caminhando, só, enfrenta
a natureza
Virá uma brisa, encontrará
uma fonte,
Encontrará um vale,
descido o monte
E, onde possa
saciar sua fraqueza.
E quando às vezes a
noite caí no caminho,
Fica dormindo ao
relento, noite aberta,
Irando as estrelas
doiradas da coberta
Que espiam dia a
dia o seu caminho !
São Paulo, 18/03/1964
(data da criação)
Armando A. C.
Garcia
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