A Aldeia
Nasce uma estrela, é noite, e a
seguir a lua cheia
Já começa a despontar, tocando a
linha do horizonte.
Os grandes carros de bois vêm
chiando pelo caminho
Grupos de moços e moçoilas, tão
frescos como arminho
Vão cantando à desgarrada pelas
quebradas do monte
E na aldeia sossegada, vê-se o
luzir da candeia.
Já nos beirais do telhado repousa
a andorinha dormente
Pia o mocho arrepiado, naquele
seu choro dolente
E já de regresso à aldeia, o
pastor trás seu rebanho
O cabreiro desce a serra.; do
prado vindo é o boieiro,
Já na capoeira o galo, tem subido
ao seu poleiro.
Só de vigia estão só cães a um
movimento estranho.
E na aldeia sossegada, vê-se o
luzir da candeia.
Rompe o dia, é manhã cedo, de
novo começa a vida
Já a cotovia do prado é distraída
e contente
Da chaminé do telhado, sai o fumo
espessamente
No sino do campanário a badalada
é repetida
E é este todo o fadário de uma
aldeia adormecida...
Portugal 21/09/1959 (data da
criação)
Armando A. C. Garcia
Direitos autorais registrados
Mantendo a autoria do poema –
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