Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Rio Douro - II

Rio Douro - II

 

Rio Douro, Rio Douro

Ao adentrar Portugal

Mudaste teu corredouro

Amansando-o por igual

 

Tua fúria indomável

Dez barragens blindaram.  

Viraste rio navegável

Nas albufeiras que criaram 

 

Através das eclusas

De uma a outra se transpõe

E o novo rio, acusa

Que a correnteza se foi.

 

Tua fonte de riqueza

É inestimável, também

A boa gente portuguesa

Quer-te, igual à sua mãe

 

Tiraram de tuas margens

As azenhas promissoras

Deram-te novas aragens

Com barragens geradoras

 

O progresso conquistado

Enriqueceu a nação

Cada qual tem o seu fado

O teu, dá-me emoção

 

Rio Douro, Rio Douro

Quantas saudades me trás

Se já eras um tesouro,

Miranda, não fica a trás

 

O Douro, na minha terra

Corria veloz para o mar

Os diques, o curso emperra

Caminha agora, devagar

 

Corria alegre, contente

Nos tempos que já lá vão

Hoje, tudo é diferente

É gradativa absorção

 

Rio Douro, Rio Douro

Em tua direção à foz,

Levas precioso tesouro

Não precisas ser veloz

 

Sem socalcos a percorrer

Silencioso caminhas

Régua abaixo, é teu dever

Levar o suco das vinhas

 

O Rabelo levas as pipas

Num horizonte sem fim

O barqueiro coça as tripas.

Na foz, come um *bacorim. 

 

 *Pequeno leitão

 São Paulo, 12/09/2012  (data da criação)

 Armando A. C. Garcia

 

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