Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

A Mó da Azenha

A Mó da Azenha

 

Homem pacato o moleiro   

Afeito ao gingar da água

Tira o trigo do celeiro

Coloca na roda d’água

 

Tange a água a mó da azenha

Daqui se ouve o clamor

Tritura o grão e se empenha

Na farinha da melhor

 

Homem pacato o moleiro

Afeito ao gingar da água

Tira o trigo do celeiro

Coloca na roda d’água

 

A água sempre correndo

Transforma grãos em farinha

O moleiro vai moendo

Para entregar à noitinha

 

E no caminho da azenha

Tange a mula carregada

É mula, não fica prenha

Mas chega ao topo cansada

 

Diariamente o moleiro

Faz o trajeto sem fim

Tirando o pão do celeiro

Moendo o trigo e afim 

 

Polvilhados de farinha

O moleiro e sua mula

Pelas arribas caminha

Sem descansar a medula

 

Cumpre assim sua missão

Grão a grão ele vai moendo

Para que não falte o pão

Sobe as arribas correndo

 

A azenha é seu tesouro

Seu mundo, sua missão

Corre água no rio Douro

E amor no seu coração

 

São Paulo, 12/08/2009 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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