O peso da solidão !
O
desejo devora o coração aflito
A
quem sente o peso da solidão
É
como larva antes de ver a luz
Mesclada
de trevas, é um capuz
A
fechar as janelas do coração
É
o peso nos ombros é um conflito
Onde
se ocultam soluçando paixões
Nas
errantes ventanias do destino
Palpita
e se estorce em agonia
Na
sombria noite e ao nascer do dia
Com
a sonoridade rica do sino
A
soar qual orquestra de ilusões
Como
luzes que perpassam pela mente
Jorrando
em cascatas as utopias
Nas
grutas da solidão o vil desejo
De
atingir o inalcançável almejo
Ele,
desejo, escravo dessas fobias
Na
rua da solidão eternamente
Tudo
ao seu redor é areia, deserto
Escravo
do desamparo nesta vida
Gastas
as forças, não sobra energia
Neurônios
corroídos pela apatia
Como
o rugido do tufão. Perdida
a
esperança d’achar o caminho certo...
São
Paulo, 31/07/2009 (data da criação)
Armando
A. C. Garcia
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