O coelhinho branco (Infanti)
Com os prados cobertos de neve
Alimento o coelhinho branco buscava
Entre os arbustos, em uma busca breve
P’ra saciar a fome que o devorava
Mas eis que bem no alto, lá do céu
Uma ave de rapina o espiava
E num vôo picado, asas ao léu
Sobre ele, qu’em pensamento degustava
Jogou todo furor naquele vôo vertical
Mas, o coelhinho branco e manso não dormia
Percebendo o risco do vôo descomunal
Rápido como um raio na neve se escondia
Entrando de baixo da neve, a águia enganou
E esta, na fúria rasgando os céus. bateu seu bico
De encontro ao chão, onde parte dele quebrou.
A águia, não desistiu de seu petisco rico
Em nova arremetida se aventurou
O coelhinho branco que nos arbustos comia
Percebeu o vôo que do céu a pique singrou
E, novamente na neve se escondia
D águia hiante, o bico agora pendia
E o coelhinho branco, manso e pequenino
Livrou-se da águia cruel que o perseguia
E para sempre viveu em harmonia.
São Paulo 06/08/2004 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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