Nos entornos da vida
Nos entornos desta vida
Sofri muitos dissabores
E com a esperança perdida
Perdi todos os valores
Sou um pedinte coitado
Da vida desamparado
Perdi mulher e parentes
Por derradeiro os dentes
Tenho estrelas por telhado
O rosto já deformado
Meu corpo já mal resiste
Minha alma, fica triste
Sou um pariá abandonado
Meu destino o triste fado
De viver desprotegido
Sem valor e sem sentido
Quer no frio ou no calor
Meu abrigo, um cobertor
Outro entrave é a fome
Que míngua a força e consome
Fico à mercê do destino
Nas ruas, rumo sem tino
Aguardando a caridade
Quem passa nem tem vontade
De olhar o maltrapilho
Por certo não sou seu filho
Mas por Deus, somos irmãos
- E vos dizeis ser cristãos !
São Paulo, 08/08/2009 (data da
criação)
Armando A. C. Garcia
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