Ê X T A S E
À
tarde quando o aroma fresco das montanhas
Descia
em catadupas até ao vale
Seu
perfume penetrava nas entranhas
De
minha alma em êxtase original
As
sombras dos picos, caíam até às fraldas
Trazendo
o perfume inebriante do alecrim
E
do alfazema, em coroa de grinaldas
Como
homenagem da natureza até mim.
A
bruma da tarde trazia o gorjeio
Dos
últimos trinados dos passarinhos
Como
falando boa noite, em seu gorjeio
Antes
de se recolherem em seus ninhos.
A
lua em novilúnio, merencória
Banhava
com seus raios tênues do luar
Prados
e montes que em sua trajetória
À
noite do alto, pode iluminar.
E
a minha mente, poética, enlevada
Levou
aos céus uma prece fervorosa
Para
que a alma dos poetas amargurada,
Seja
ela, eternamente, mais ditosa
SÃO
PAULO, 06/04/1964 (data da criação)
Armando
A. C. Garcia
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