Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sábado, 6 de fevereiro de 2021

No mundo de antigamente

No mundo de antigamente

 

No mundo de antigamente

Tudo era tão diferente

Conversávamos ao serão

Não havia televisão

A família era presente

Outro era o ambiente

 

De dia a criançada

Brincava ao sol ou à chuva

Seus brinquedos principais

Saltar corda, bambolê

Carrinho de rolimã

Ou futebol de botão

 

Bolinhas de sabão

Ioiô, pega varetas

Bolinhas de gude

Peteca ou futebol

Cata-vento, damas

Pião, pernas de pau,

 

Pipas, dominó e mais.

Todavia éramos felizes

Respeitávamos os idosos

Nossos pais e professores

Com a vida éramos zelosos        

Outros eram os valores

 

Hoje em dia a modernidade

Enche de eletrônicos a criança

Celulares, computadores

Tablets, jogos eletrônicos

A criança fica amarrada,

E assim passa a mocidade

 

Impedido de livremente

Mover-se de seu lugar

Passa a infância certamente

Sem poder apreciar,

A alegria de brincar,

E ao sol e chuva, se soltar

 

Essa tal de televisão

Não respeita a privacidade

Parece meia confusa

A persuasão que ela usa

Entre a razão e a verdade

Faz gerar a confusão

 

Era tudo mais singelo

Ao tempo de minha avó

Tinha menos incidentes

Os valores independentes

Notícias no rádio, e só

Não havia pesadelo

 

Quem neste século nasceu

Não consegue imaginar,

Que o povo sem geladeira

Sabia a comida conservar

Cozinhava na fogueira

E nunca cru, ele comeu

 

Telefone era coisa rara

Assim como automóveis

Viajar em pau de arara

Avião, mal o aprovara

De navio os notáveis

Faziam sua temporada

 

Hoje acordam conectados

Ao celular com internet

Vendo o mundo de ilusões

E sem outras pretensões

O celular é o gabinete

E nele vivem impactados

 

Dia e noite a qualquer hora

Eles estão conectados

São tantas as diversões

Que ali passam os serões

Contrários aos ensinados

Por uma família de outrora

 

Parece viverem assim

Em um mundo irreal

Repleto de fantasias

Com as vãs filosofias

Que são o seu ideal

Aquém da sabedoria

 

Tenho pena dessa gente

Que não viveu naturalmente

Não brincou no meio da rua

Não esperou surgir a lua

Pra ir pra dentro de casa

Bem satisfeito e contente !

 

06/02/2021

Armando A. C. Garcia

 

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