Já em idade avançada !
Desiludido
da vida, já em idade avançada,
E,
sentado na varanda do seu pequeno barraco,
O
velho ancião, pensava ao sol, da tarde já avançada,
Como
este sol, que se põe, já estou perto do buraco !
Já
fui jovem, elegante, todos gostavam de mim
Agora
alquebrado, curvado ao peso da idade
Do
que fui, nada me resta, já estou perto do fim !
Bem
longe da juventude, do frescor da mocidade.
O
meu rosto emurcheceu-se, as rugas tomaram conta
O corpo,
pendeu-se à bengala em que se ampara,
A
cabeça, que era sã, vive agora meio tonta,
Hoje,
do que fui, sou apenas uma singela apara !
Esta
indiferença dos jovens, quando na idade fagueira
Olham
um velho como eu, nunca pensam que a idade,
Um
dia, o tempo, prostrá-los-á da mesma maneira,
Sempre
na velha cadeira, dos tempos da mocidade !
Porangaba, 04/06/2015 (data da criação)
Armando
A. C. Garcia
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