Secou a água na fonte
Secou
a água na fonte
Evaporou
na cachoeira
Não
corre debaixo da ponte,
Está
sem botões a roseira.
Secou
a erva do monte,
Está
sem frutos a figueira,
Sem
nuvens no horizonte.
Não
tem água na torneira.
São
Paulo, que brincadeira,
Está
sem água nos açudes
Desapareceu
da torneira
Virou
sertão; tu te mudes
A
São Paulo da garoa,
Virou
seca do sertão,
Tribulação
não perdoa
E
nem sente compaixão
Na
saúde e educação
Falta
verba, isto é comédia,
Segurança
sem proteção,
Está
tudo abaixo da média.
À locomotiva
do Brasil
Faltou
água na caldeira
Sem
chuva, no mês de abril
Não
pode queimar madeira
E
sem brasa na fornalha
O
trem não sai do carril,
Sem
água, em escumalha,
São
Paulo, pára o Brasil !
Esta
metrópole agitada
A mais
rica do país,
É
como quem não tem nada,
Sem
água no chafariz.
São
Paulo, 15/06/2015 (data da criação)
Armando
A. C. Garcia
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