O pequeno Tugúrio !
O
vento forte bramia ingente na casa
De
taipas, com paredes já carcomidas
E,
pelo tempo corroídas e muito rasa
Assim
era o pequeno tugúrio, nas colinas
Era
lá que vivia, entre a solidão das noites
E
o clarão dos dias, menos nebulosos.
À
beira do santuário, um pequeno riacho
Que
lhe matava a sede em dias sequiosos
O velho
ancião sempre cultivava legumes
Diversos,
tomates, cenouras e batatas
Para
consumo próprio, causando ciúmes
Aos
que por ali passam, ao ver sua vida pacata !
Certo
dia, passa por lá um maltrapilho
Cansado
de andar e instado pela fome
Solicitando-lhe
uma espiga de milho,
Vez
que a fome era tanta que o consome.
Ele
deu-lhe de comer e ofereceu abrigo
Assim
descansaria da tortuosa caminhada
No
dia seguinte, chamando-o de amigo
Lhe
ofereceu seu tugúrio como pousada
Ele
aceitou, agradecendo a sua estada
O
ancião continuava cuidando da horta
Os
dias foram passando e ele sem fazer nada
Vivia
sentado num banco ao lado da porta.
Sem
ajuda o ancião cuidava até da comida
Enquanto
ele regaladamente impassível
Abusando
da cordialidade concedida
Assistia
o ancião, lutando pela vida
Pensando
melhor a respeito da acolhida,
Transcorrido
que foi um mês, o ancião
Comunicou-lhe
estar na hora da partida,
O
maltrapilho... apunhalou seu coração !
19/07/ 2022 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
Visite
meus blogs:
http://brisadapoesia.blogspot.com
http://preludiodesonetos.blogspot.com
http://criancaspoesias.blogspot.com
Direitos
autorais registrados
Mantendo a autoria do poema – Pode compartilhar
Nenhum comentário:
Postar um comentário