Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

terça-feira, 19 de julho de 2022

O pequeno Tugúrio !

O pequeno Tugúrio !

 

O vento forte bramia ingente na casa

De taipas, com paredes já carcomidas

E, pelo tempo corroídas e muito rasa

Assim era o pequeno tugúrio, nas colinas 

 

Era lá que vivia, entre a solidão das noites

E o clarão dos dias, menos nebulosos.

À beira do santuário, um pequeno riacho

Que lhe matava a sede em dias sequiosos

 

O velho ancião sempre cultivava legumes

Diversos, tomates, cenouras e batatas

Para consumo próprio, causando ciúmes

Aos que por ali passam, ao ver sua vida pacata !

 

Certo dia, passa por lá um maltrapilho

Cansado de andar e instado pela fome

Solicitando-lhe uma espiga de milho,

Vez que a fome era tanta que o consome.

 

Ele deu-lhe de comer e ofereceu abrigo

Assim descansaria da tortuosa caminhada

No dia seguinte, chamando-o de amigo

Lhe ofereceu seu tugúrio como pousada

 

Ele aceitou, agradecendo a sua estada

O ancião continuava cuidando da horta

Os dias foram passando e ele sem fazer nada

Vivia sentado num banco ao lado da porta.

 

Sem ajuda o ancião cuidava até da comida

Enquanto ele regaladamente impassível

Abusando da cordialidade concedida

Assistia o ancião, lutando pela vida

 

Pensando melhor a respeito da acolhida,

Transcorrido que foi um mês, o ancião

Comunicou-lhe estar na hora da partida,

O maltrapilho... apunhalou seu coração !  

 

19/07/ 2022 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

 

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