Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

domingo, 18 de agosto de 2013

Senhores Políticos

Senhores Políticos


Vós que tendes na mão o destino da nação
Acordai, não durmam no ninho da esperança
A senda é tortuosa e a viagem trabalhosa
Cuidais ver a luz, vossa cegueira em vão
Falta-vos a terra sob os pés e confiança
Para fazer esta nação, mais grandiosa

Irmãos do norte vitimados pela seca
Outros no sul, massacrados futilmente
Caindo ao chão, pela mão da crueldade
O tenebroso véu do mal, corre ceca e meca
E vós, que poderíeis conter essa corrente
Deixais aumentá-la pela impunidade.

O fogo que abrasa, o nordeste dizima
Pela incúria nas obras interminadas
Os canais do velho Chico adormecidos
Aos pés da seca, rio abaixo, rio acima
Fruto de negras ilusões inexplicadas
Mistérios não revelados e conhecidos

O nordeste segue a viagem dos desertos
Na senda tortuosa do árido chão em fogo
Apenas cáctus sobrevivem à cálida seca
Os gados morrem, da fome não são libertos
Inanimados, sem água e alimento, mais logo
Não haverá sequer uma rés no sertão do jeca

Ao invés de ser perdida inutilmente
A esperança desse povo nordestino
Velho conto dos canais do São Francisco,
Fazei correr água no árido chão. Ó gente !
Haverá sombras de arvoredo, novo destino
E de novo o gado voltará ao aprisco !

No sul é preciso acabar com a bandidagem
Que tornou-se um poder paralelo ao estado
Fazendo justiça de verdade e não lorota.
Diz que se condena, pura libertinagem
Sem cumprir a pena, decreto negado
E a impunidade gera novo pecado.

Que do sangue pelas ruas, em vão espalhado
Não fique impune, o que o pranto derramou
Os parentes das vítimas vertem lágrimas
Que o olho humano não se ofusque ao lado
E seja firme para com o degenerado
Pelo seu destempero nas horas *agrimas

Ele não tem a menor comiseração
Com a vítima que teve o azar de com ele cruzar
E expelindo sua raiva, seu ódio e rancor
No seio de sua ignorância indomável
Torna-se bruto capaz de sua mãe matar
Justiça! É o termo certo ao desamor !

Está em vossas mãos o povo fazer-se ouvir
Seu clamor nas ruas bem o demonstrou
Quebre-se a fronte, sem que caia o homem
Tendes a lei em vossas mãos, podeis bulir
A inércia far-vos-á retrato que sobrou
Duma nação que os políticos consomem. 

·       Ódio; raiva
Porangaba, 18/08/2013

Armando A. C. Garcia

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