Horas
agrimas
Sua
alma está triste,
O
coração, cheio de dor
Se
a felicidade existe
Não
foi em seu amor
Seu
coração verte lágrimas
Não
só p’la desunião
Mas
pelas horas *agrimas
Após
a separação
Ferido
o íntimo sentimento
Com
a alma esfacelada
A vida
é um tormento
Felicidade,
uma piada
Sua
alma, cismou dela
Cismou
o seu coração
Quebrou-se
o encanto por ela
Desabou
sua ilusão
Já
debilitado sentiu
Os
passos ferais da morte
Na
aflição que surgiu
No
ludíbrio da sorte
A
custo exprime o que sente
Inóspita
praia adentrou
Cruéis
vagas ele pressente
Sem
ela nos braços ... chorou !
*
ódio; raiva
II
Sua alma verteu prantos,
Lágrimas de muita dor,
Derramados eram tantos
Quão grande foi o amor
Toda chama foi apagada
Na taça da desventura
Tem outro amor na parada
Hoje. É, de outra criatura
Nos braços de outro, talvez
Sossegue o seu coração
Que não teve a altivez
De cumprir sua missão
Erguendo os olhos aos céus
Procura apagar sua imagem
Domar os instintos seus
Difícil como um selvagem
Procura embalde esquecer
O mar em que se perdeu
Deste modo, nelhor morrer
Já que a derrota venceu
Abismo profundo e insano
Que abala os céus e a mente
Só um esforço inumano
A tal ofensa consente !
São
Paulo, 08/02/2013
Armando
A. C. Garcia
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