Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Horas agrimas



Horas agrimas



Sua alma está triste,

O coração, cheio de dor

Se a felicidade existe

Não foi em seu amor



Seu coração verte lágrimas

Não só p’la desunião

Mas pelas horas *agrimas

Após a separação



Ferido o íntimo sentimento

Com a alma esfacelada

A vida é um tormento

Felicidade, uma piada



Sua alma, cismou dela

Cismou o seu coração

Quebrou-se o encanto por ela

Desabou sua ilusão



Já debilitado sentiu

Os passos ferais da morte

Na aflição que surgiu

No ludíbrio da sorte



A custo exprime o que sente

Inóspita praia adentrou

Cruéis vagas ele pressente

Sem ela nos braços ... chorou !

        * ódio; raiva



II





Sua alma verteu prantos,

Lágrimas de muita dor,

Derramados eram tantos

Quão grande foi o amor



Toda chama foi apagada

Na taça da desventura

Tem outro amor na parada

Hoje. É, de outra criatura



Nos braços de outro, talvez

Sossegue o seu coração

Que não teve a altivez

De cumprir sua missão



Erguendo os olhos aos céus

Procura apagar sua imagem

Domar os instintos seus

Difícil como um selvagem



Procura embalde esquecer

O mar em que se perdeu

Deste modo, nelhor morrer

Já que a derrota venceu



Abismo profundo e insano

Que abala os céus e a mente

Só um esforço inumano

A tal ofensa consente !





São Paulo, 08/02/2013

Armando A. C. Garcia

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