O Regato
Na mansuetude da
campina
Corre água pura cristalina
E nesse regato
pequenino
Bebem o cavalo e o
caprino
Suas águas têm o
condão
De saciar a sede
no verão,
Tanto do andante
solitário
Como da fauna e do
canário.
Translúcidas suas
águas medras
Entre freixos,
arbustos e pedras,
Correm rumorejando
seu hino
Fazendo música, de
violino
Eles são os
sustentáculos,
E contornando
obstáculos
Desviando-te de
mansinho
Que criaste o teu
caminho,
Primas não turvar
a pureza
Nem mesmo a
correnteza.
Turvará tua
límpida água.
E sem saber onde
deságua
O regato nasceu
pequenino
Mas num crescente
paulatino,
Aos poucos vai-se
engrossando
Vira rio, e o rio,
vai vibrando
Seu caminho, ora é
o mar
E àquele que por
lá passar
Continuará matando
a sede,
Do cidadão e do
almocreve
Finalmente a água
cristalina
Que percorreu lá
da campina,
P’lo grande mar, será
tragada
E a água doce...
vira salgada !
04-12-2022
(data da criação)
Armando A. C. Garcia
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