...A
ponte !
Quando
nosso peito dá lugar à dor
Afastando-se
da ventura e da alegria
Passa
a sofrer a aflição maior
Da
desgraça que arrocha dia a dia
Sentindo
o amargo prazer de viver
Tão
grande o acerbo que o consome
Já,
com a alma cansada de sofrer
De
martírios, aflições e tanta fome
Quer
desistir de tudo que o faz sofrer,
Num
mar de angústias, seu pensamento,
Navega
nas intempéries do carecer
D’amor,
do carinho e até, do alimento
Ingrata
esperança que lhe orna a fronte
Derramando
amarguras no coração
Vos
sois, entre a incerteza e a dor, a ponte
No
meu martírio, carrasco da agressão !
São
Paulo, 19/01/2015 (data da criação)
Armando
A. C. Garcia
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