O
Legado do Pai !
Sentei-me
neste banquinho
Esperando
por vocês
Cada
qual por seu caminho
Não
chega nenhum dos três
Nem
Paulo, nem Eduardo,
E
nem mesmo o Francisco
Vêm
visitar este fardo
Que
já, do fim está *prisco
O
tempo passa e não chega
Nenhum
dos filhos queridos
Cada
um em si carrega
Dois
pesos descomedidos
O
dinheiro e a ambição
Tomam
conta de suas vidas
Nunca
lhes faltou o pão
Pra
essa corrida enlouquecida
Eu,
contínuo esperando
Já
no limite da vida
Vocês
ficam tateando
Na
loucura ensandecida
Perderam
de vez a razão
Esquecendo
de vosso pai
Um
velho e fraco ancião
Que
neste banco se esvai
Foi
muito amor e carinho
Que
na infância vos deu
Três
doutores. Esse o caminho,
Que
para vós escolheu.
Hoje,
aqui abandonado
Sentado
espero a morte
Como
já não sou lembrado
Vos
desejo melhor sorte !
E
neste breve legado
Vos
deixo meu sentimento
Deste
pobre desprezado
Relegado
ao esquecimento
A
morte já bate à porta
Despeço-me
de vocês,
A
caligrafia está torta,
Tal
como a vida dos três.
Salvador,
16/09/2014 (data da criação)
Armando
A. C. Garcia
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meu blog; brisadapoesia.blogspot.com
*antigo;
vetusto
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