Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sábado, 6 de agosto de 2011

Quando a noite chega



Quando a noite chega

Quando firme a noite chega
Pensando, fico sozinho
Que será de ti amor
Tão longe do meu carinho

A noite, sombria e triste
Minha tristeza acompanha
Ao amor, ninguém resiste
Tão grande sua façanha

Alta noite, solitário
Alma serena, pensativo
Levanto a carpir meu rosário
Versando amor positivo

São noites intermináveis
Iguais e desconhecidas
Procelas imagináveis
De uma noite mal dormida

Fito o céu, nenhuma estrela
Nem o luar aparece
A tristeza se encapela
O temporal me entristece

Ó noite, escondes a vida
Escondes o meu amor
O crepúsculo dá guarida
Onde expira o Sol maior

Silêncio... a hora é mística
Tento rezar, mal consigo
A poesia é artística
Preenche as horas comigo

Só ao despertar do Sol
Volto de novo à vida
Renascendo ao arrebol
Oh! Alvorada esculpida

Quando húmidos do sereno
Os pastos se apresentam
Volvem os chilreios, sem treno
E minha alma acalentam

Surge o céu, cheio de Deus
Nas cores do Sol, ouro puro 
Seu lume perfuma os céus
No pomar, fruto maduro

A noite dá a despedida
Surge a claridade em troca
Bago a bago, é comida
A alimentar nossa boca

O aroma, entra nas veias
Sustenta minha ferida
Só tu amor incendeias
As noites de minha vida !

Pernoitas em mim amor
Desde o apagar das candeias
Até que o Sol redentor
Vem despertar minhas veias

Ó noite, eu te amaria
Se pudesses alijar
O amargor de cada dia
Que à noite passo a fitar

Tu incutes o pavor
Quando sem estrelas e luar
O nada exprime melhor
O que eu possa pensar

Prostrado, apavorado
Recuo meu pensamento
Fico quieto, desolado
Perdido neste tormento

Pareces irmã da morte
Nas tuas horas sombrias
Vagarosas, sem suporte
E cheias de fantasias

No oráculo de teu fado
Quantas lágrimas vertidas
Desculpa ter-te lembrado
Das inúmeras despedidas

É imenso o funeral
Imensos sonhos perdidos
Seria sina crucial
Se fossem mal entendidos

Volvendo às horas de sono
Recompões nosso sentidos
Porém, se o abandono
Descansos, ficam perdidos

Em ti, o mundo descansa
Na inalterável desvaria
Novo dia, nova esperança
Novo Sol nos alumia.

Os teus inúmeros mistérios
Nos abismos silenciosos
São sublimes, são etéreos
Impassíveis, dolorosos

Surge casta a madrugada
Vibrante, força e calor
Impera a luz imaculada
No universo, esplendor

Vida sempre renovada
Cheia de fé e esperança
Aguardo-te, minha amada
Com toda perseverança !

Porangaba, 17/05/2011
Armando A. C. Garcia

E-mail: www.armandoacgarcia@superig.com.br 

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