Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Da Neve, sinto saudades.

Da Neve, sinto saudades.

 

Lenta, mui lentamente,

bailam no ar os flocos

Caindo em redemoinho,

nas estradas e caminho.

Parece não terem pressa

De alcançarem o chão,

Esvoaçam sorrateiros

Com elegância e perfeição.

Aos olivais e sobreiros

Dão a mesma distinção

Cobrem no mesmo requinte,

Na latada, as videiras

Igualmente as macieiras

Castanheiros e pereiras

A natureza se embeleza

Vestida de flocos de neve

Na planície e na enfesta.

A neve cai lentamente

Bailando na natureza

Forma um tapete ultraleve

Na modesta singeleza.

Lenta, lenta, lentamente,

bailam no ar os flocos

Caindo em redemoinho,

nas estradas e caminho.

As pegadas no caminho

Ficam sempre demarcadas,

Vejo umas pequeninas

De criancinha descalça,

E aos poucos que caminha

Vejo menos acentuadas

as pegadas da criança,

Perdidas no seu caminho.

Da neve, sinto saudades

De ver o mundo branquinho,

Só na minha mocidade

Palmilhei esse caminho.

 

02/11/2024 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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