Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

sexta-feira, 17 de março de 2023

Minha casa pobrezinha

Minha casa pobrezinha


A minha casa é singela
Sem vidraça, sem cortina
À noite, à luz da vela
De dia, o sol a ilumina

Num velho fogão de lenha
Preparo as refeições
Ao lado, uma velha penha
Confidente dos serões

É muito simples, tudo aqui
Com cheiro de natureza
Na hora de fazer pipi
Banheiro, a redondeza

Tomo banho no riacho
Que passa quase encostado
E, não precisa ser macho
Pra ficar todo pelado

Nem preciso de toalha
Para meu corpo secar
Pois o sol, aqui retalha
Nem dá tempo pra secar

De manhã, os passarinhos
Trinam temas, sem parar
Veja que fazem seus ninhos
Ao lado, em qualquer lugar

Violetas e margaridas
Crescendo em profusão
Ao lado, longas espigas
De trigo e de feijão
Minha casa é pobrezinha
É como o meu coração,
Se alguém dela se avizinha
Não sai, sem refeição !

São Paulo, 27/10/2013 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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