Bem vindo à Brisa da Poesia!

Espargindo fragrância nas mal dedilhadas letras, levo até vocês, uma amostra tecida no rude tear da minha poesia! Espero que o pensamento exteriorizado nos meus versos leve até vocês momentos de deleite e emoção!
Abraços poéticos, Armando A. C. Garcia
São Paulo, 06/08/2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

O Regato

O Regato

 

Na mansuetude da campina

Corre água pura cristalina

E nesse regato pequenino

Bebem o cavalo e o caprino

 

Suas águas têm o condão

De saciar a sede no verão,

Tanto do andante solitário

Como da fauna e do canário.

 

Translúcidas suas águas medras

Entre freixos, arbustos e pedras,

Correm rumorejando seu hino

Fazendo música, de violino

 

Eles são os sustentáculos,

E contornando obstáculos

Desviando-te de mansinho

Que criaste o teu caminho,

 

Primas não turvar a pureza

Nem mesmo a correnteza.

Turvará tua límpida água.

E sem saber onde deságua 

 

O regato nasceu pequenino

Mas num crescente paulatino,

Aos poucos vai-se engrossando

Vira rio, e o rio, vai vibrando

 

Seu caminho, ora é o mar

E àquele que por lá passar

Continuará matando a sede,

Do cidadão e do almocreve

Finalmente a água cristalina

Que percorreu lá da campina,

P’lo grande mar, será tragada

E a água doce... vira salgada !

 

04-12-2022 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

                                  

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