As palavras II
As palavras estão aí
No seio da multidão
Escolhe as belas para ti
Aos outros... imaginação
E do seu significado
No som que elas emitem
Podem constituir pecado
Ou louvor, no que elas ditem
Como lindas bailarinas
Não param de oscilar
Pelas ruas e esquinas
Sempre as vamos escutar
Abstraídas restrições
Do concreto ao intuitivo
Ou separar confusões
No aparelho auditivo
Expressões do pensamento
De ideias ou ideais
De parada ou andamento
Ou de dogmas imortais
Tem palavras reservadas
De negócios e segredos
Tem umas abençoadas
Outras que nos metem medos
De amor e de paixão
De carinho e amizade
Umas nos deixam ilusão
Outras, a grande saudade
Umas nos fazem chorar
Outras nos dão alegria
Algumas são de amargar
As que embalaram a infância
E as que seguem pela vida
Palavras, têm significância
Mesmo na dor da partida
São
Paulo, 18/12/2021 (data da criação)
Armando
A. C. Garcia
Direitos autorais
registrados
Mantendo a autoria
do poema – Pode compartilhar
Palavras I
Palavras... palavras tolas
Fáceis de manipular
Tanto formam frases lindas
Como as que fazem chorar
Falam de amor e saudade
De carinho e de ternura
Dos tempos da mocidade
Do dia e da noite escura
Do presente e do futuro
Da fé e da esperança
Da ganância e do juro
E da bem-aventurança
Falam do prazer e da dor
Da verdade e da razão
Tanto falam de amor
Como mudam a versão
Falam da morte e da vida
Do temor e da paciência
Do sentimento e partida
Do amor e experiência
Da mágoa e da piedade
Da tristeza e da alegria
Falam até de saudade
De quem saudade curtia
Sacrifício e segurança
Da cruz e ásperos caminhos
Do esquecimento e lembrança
Das agruras dos caminhos
Do pecado e do perdão
Da terra e do paraíso
Falam da fome e do pão
Do milagre e do sorriso
Falam de tudo que é bom
Do triste fim da jornada
Para isso têm o dom...
De compor a frase armada.
02/05/2004 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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