Coração amante !...
Das lembranças, trago ainda
Minha alma mutilada
Nem a esperança se finda
De pensar em ti, amada !
Não pensei que assim seria
O âmago da minha cruz.
Não mais te ver, quem diria,
A querer ver-te; não me opus
...Pobres sentimentos meus
Que na memória encerro,
Não ver mais os olhos teus
Foi para mim um desterro
Tua ausência e esquecimento
Numa saudade distante,
Um cruel padecimento
Pra meu coração amante
Se a ti, ainda pudesse
Levar o meu pensamento
Conhecerias o interesse
Que tinha no casamento
Eras uma pérola pra mim
Incrustada no meu peito
Bela flor no meu jardim
Perdi-te, não teve jeito
Por esses caminhos quedos
Transpostos ousadamente
Tu, fugiste de meus dedos
Deixando-me descontente
Sinto saudades agora
Dos tempos que já lá vão
Se o presente, fosse outrora
Não fugirias, mais não,
Não deixaria o destino
Tirar com a mão malvada
De mim, o amor genuíno
De paixão eternizada !
Um calendário de sombra
Os dias de minha vida
Um presságio que assombra
Mais ainda esta ferida
Assim, carrego comigo
Fragmentos de ilusão
No imponderável amigo
O meu triste coração !
Quando liberto da matéria
Já no espaço sideral
E sem sangue na artéria
Pedirás perdão do mal
Que nesta vida fizeste
Ao meu pobre coração
Ali, tu sempre soubeste
Que foste minha paixão
Ali, voltarás a amar
Sem os vícios da matéria
Que na ilusão vitupéria
Mudou o teu caminhar.
Porangaba, 22/05/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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